3 Cidades, 3 Vivências, Turismo dos Sentidos! O que fazer em Sevilha, Jerez de la Frontera e Córdoba – Espanha

Estando em Sevilha por cinco dias, veja post que fizemos. Decidimos aproveitar as cidades do entorno e optamos pelas históricas e belas Córdoba e Jerez de La Frontera.  Vamos falar sobre estas duas cidades neste post, vamos lá?!?!

Lindas, mas não saborosas, elas enfeitam as ruas de várias cidades da Espanha!

CÓRDOBA

Pegamos o carro e lá fomos, 140 km, menos de duas horas e lá estávamos. Um dia para aproveitar tanta história e magnitude é pouco, mas vamos indicar o que é imperdível.

Pense numa cidade que, por volta do ano 1000, era uma das mais povoadas do mundo, com 450 000 habitantes, sendo uma das primeiras a ter iluminação pública! Isso é Córdoba!

As lindas e históricas ruas de Córdoba.

Córdova ou Córdoba (em espanhol) é um município da província homônima, localizado  na  comunidade  autônoma da Andaluzia, na Espanha. O município tem em torno de 330.000 habitantes e foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1984, devido às suas ruas estreitas, com casas pintadas de branco e pátios coloridos, à morfologia tipicamente mourisca e à bela Mesquita-Catedral.

Uma das primeiras cidades do mundo a ter iluminação pública. Já no ano de 206 a. C. havia um povoado (origem de Córdoba) que foi conquistado pelos romanos. A cidade chegou se a se tornar capital da província da Hispânia Ulterior (posteriormente, Hispânia Bética).  Entre os seus moradores famosos, na época, destacam-se Marco Aneu Sêneca,  Séneca  e  Lucano.

Tapetes de pedra!

Primeiramente, com fome, paramos para almoçar no primeiro restaurante que vimos no ‘casco histórico’. A cara era bacana e entramos sem consultar nenhum guia. Adoramos o Restaurante Puerta Sevilla e, apesar do preço ser acima do que pretendíamos gastar, valeu a experiência.

Bom e bonito!

Sempre digo que se o pãozinho servido na entrada for bom,  provavelmente todos os pratos serão! E ele estava fantástico. Aproveitamos os pãezinhos, pedimos um vinho (todos são bons) e o Rômulo, louco de saudades de comer arroz branco com ovo, matou a vontade! Só fiquei o que terá pensado o chef com pedido tão inusitado!!! Bem, mas a dica são os pratos locais, como o salmorejo, e aproveite os queijos da região.

O pãozinho estava fantástico!

A mais linda decoração do pátio, tão característica de Córdoba, dado o calor intenso do verão, com seus inúmeros vasos de flores e folhagens pendurados pelas paredes, criavam a atmosfera perfeita. Bem estar!

“Mucho mas que vino!” Restaurante Puerta Sevilla.

Após o agradável almoço, saímos caminhando pelo centro histórico, visitamos e nos encantamos com a Mesquita Catedral de Córdoba (Basília de San Vicente Mártir). Pagamos 10 €  por pessoa para visitar, mas vale! Aberta de segunda a sábado, das 10h às 17h30min, e aos  domingos das 8h30min às 11h e das 15 às 17h30min.

 

Em 716, ocorreu a invasão muçulmana da península Ibérica,  quando Córdoba veio a se tornar sede de província muçulmana, subordinada ao Califado Omíada. Em 756, Abderramão I a tornou sede do Emirado. Em 785, começou a ser construída a Mesquita no lugar da antiga basílica cristã de São Vicente Mártir (não se impressione, depois ela será ocupada por cristãos, novamente, aproveitando tudo o que foi construído pelos muçulmanos), que havia sido construída no período visigodo. Em 929, Abderramão III tornou, a cidade, sede do Califado de Córdoba.

 

Incrível ver a ‘reciclagem’ do templo! De cristão a muçulmano e vice-versa, sempre preservando algo do outro, somente ressignificando, de acordo com a religião.

Vários palácios foram construídos durante o domínio muçulmano, tais como a Cidade-Palácio de Medina Al-Azhara; a Cidade-Palácio de Madinat al-Zhira, entre outras mesquitas e prédios públicos.

No período do califado de al-Hakam II, Córdoba possuía a maior biblioteca do mundo, com mais de 400.000 livros. No entanto,no século XII com a tomada do poder pelos almóadas, Sevilha passa a ser a capital de al-Andalus e Córdoba inicia sua decadência.

Nos maravilhamos com os detalhes e só pensávamos, quem terá construído tudo isso, com tanta beleza!!??

No ano de 1235 a cidade foi conquistada pelas tropas de Fernando II de Leão e Castela e o cristianismo volta a imperar em Córdoba, que teve sua Mesquita (que já foi uma das maiores do mundo) transformada em catedral cristã.

 

Só isso já vale a visita!

Imensa! E com o altar no centro do que foi uma Mesquita. Tão diferente do ‘modelo padrão’ dos templos cristãos e, por isso, tão surpreendente!
A Catedral Mesquita!
Os pátios internos, para amenizar o intenso calor do verão!

 

“Nunca merezcan mis ausentes ojos
Ver tu muro, tus torres y tu río,
Tu llano y sierra, ¡oh patria, oh flor de España!”
Góngora
Imponente!

Também visitamos o Alcázar de los Reyes Cristianos, fortaleza militar construída em 1328 sobre vários edifícios muçulmanos. Pagamos 4,50€ cada. Importante: fecha às segundas-feiras. Nos demais dias, é possível visitar o palácio das 8h30min às 16h (no domingo fecha às 14h).

Por 8  anos o palácio serviu como residência dos Reis Católicos. Outra curiosidade: foi aqui que Cristóvão Colombo solicitou a aprovação e apoio dos reis para sua nova aventura de exploração de uma rota para as Índias.

Rômulo curtindo a visita ao Alcázar de los Reyes Cristianos. Mas não curtiu muito a parada para a foto! 😉

História e memória.  No século XIV, os governantes cristãos promoveram uma série de reformas nas construções de Córdoba, como a Torre Fortaleza da Calahorra e o Alcácer (em espanhol Alcázar) dos Reis Cristãos.

 

Enamorados os pombinhos observam a bela Córdoba.
E os pombos fazem do antigo Alcázar sua residência. Agora de paz!

Em 1478, o Alcázar, estrutura de defesa, se tornou o centro de comando para a conquista de Granada. Ainda mais triste e terrível é saber que após a conquista ocorrida em 1492, o mesmo recebeu o Tribunal da Santa Inquisição. Nada bom pensar nisso na visita aos seus corredores escuros e salas sombrias.

A humanidade já foi terrível!

Muitos afirmam que o Alcázar de Sevilla é mais bonito, sim, mas a comparação não é justa, pois não reflete a particularidade deste conjunto, repleto de mosaicos e com um jardim espetacular!

 

Lindos mosaicos romanos adornam os espaços hoje utilizados para eventos.
O lindo jardim!

Hoje é administrado e ocupado pelo governo municipal.

O pátio do Alcázar.

Seguimos nossa caminhada e nos deparamos com uma das mais lindas pontes romanas que já vimos, com 16 arcos, que liga a parte central da cidade ao Campo da Verdade, no outro lado do Rio Guadalquivir.

Ponte Romana.
A imponente Ponte Romana.
Os Moinhos de Guadalquivir, junto à Ponte Romana de Córdoba.

 

Há muito mais para se fazer em Córdoba!

Reserve dois dias e assista ao Espetáculo Equestre, que mistura o flamenco à paixão pelos cavalos: “Pasión y Duende del  Caballo Andaluz”. Nós não conseguimos ver, mas nos interessamos ‘para uma próxima’ e deixamos a dica

“Pasión y Duende del Caballo Andaluz”

A frase “Quién dijo que el invierno era frío?” já encanta quem chega ao Centro de Atendimento ao Turista e pega o material fartamente oferecido por lá. Vale visitar  Córdoba, com certeza!

Seguimos a viagem abençoados!

 

JEREZ DE LA FRONTERA

 

“El vino de las bodegas jerezanas, todo mal sana.”

Noutro dia, a aposta foi visitar alguma das bodegas de Jerez de La Frontera. Viajamos por 90 km, pouco mais de 1 hora e lá estávamos, rodando em busca de uma bodega que haviam nos indicado. Nada fácil encontrar, mas com a ajuda da amável população local, chegamos ao nosso destino.

Cabe contar que um rapaz, ao ver que não entendíamos a indicação e estávamos rodando sem conseguir acessar o lugar certo, nos acompanhou (seguiu na frente) com sua moto, até saber que estávamos no destino correto. Isso é hospitalidade!

Xerez da Fronteira (em espanhol, Jerez de la Frontera) é um município localizado na  província de Cádis, na comunidade autônoma da Andaluzia, Espanha. Possui uma população de mais de 200.000 habitantes. É mundialmente famoso pelo seu jerez (vinho fortificado), pelos cavalos, pelo flamenco e pelo motociclismo.

Aqui se produz o Jerez!

Nosso objetivo era visitar uma das bodegas que elaboram o famoso Jerez (ou sherry ou xerez), considerado o mais antigo vinho fortificado da Europa, sendo produzido há mais de 2.000!

“Del buen vino de Jerez, poquito cada vez.”

Sou fã desta bebida (aliás, sou fã de vinhos em todas as suas formas) e queria saber mais sobre os complexos jerez, conhecer suas soleras e criadeiras,  vivenciar seu território.

 

Visitamos a Bodegas Williams Humbert, onde pagamos 16€ pelos dois – taxa de visita simples, com degustação de 3 produtos. Acabamos comprando um Canastra por 3,20€ e um Brandy Duque Alba por 15,50€. O maior prazer foi encontrar um casal da Espanha, que também estavam fazendo enoturismo, em busca de informações para organizar um grupo que viaja a cavalo. Aliás, como comentamos, os cavalos são uma paixão desta região.

Voltando ao Jerez, interessante ver as diferenças entre o mais doce e mais seco. Perceber as uvas com o qual o mesmo é elaborado (Palomino, Pedro Ximénez e Moscatel) e a expressão destas no resultado final da bebida. Uma bela experiência enoturística.

Fundada en 1877 por Sir. Alexander Williams, gran conocedor y admirador de los productos jerezanos, y Arthur Humbert, especialista en relaciones internacionales.

Desde entonces se conservan parte de los vinos y brandies de la casa en botas de roble de la más alta calidad (soleras). Estos forman la base del actual desarrollo y crianza de cada uno de los vinos y brandies de las Bodegas Williams & Humbert.

DICAS PARA UMA AGRADÁVEL VIAGEM:

Reserve seu hotel,  aqui  

Viaje tranquilo com o Seguro de Viagem da Mondial

Puerta Sevilla Taberna Restaurante – Postrera, 51 – 59,20€ para os dois. www.puertasevilla.com – cozinha tradicional adaptada aos novos tempos.

Espetáculo Equestre: “Pasión y Duende del  Caballo Andaluz” –  www.cordobaecuestre.com  – C/ Caballerizas Reales, 1

Podemos viajar por todo o mundo em busca do que é belo, mas se já não o trouxermos conosco, nunca o encontraremos.

Ralph Waldo Emerson

CONHEÇA NOSSA HISTÓRIA:

No início de 2017 nos permitimos vivenciar uma experiência por 4 países da Europa. Veja post aqui e conheça nossa história.

Em janeiro passamos 16 dias aproveitando o Norte da Itália. Iniciamos por Milão, passando por VeronaValpolicella, Conegliano, PadovaBolonhaFerraraSiena e outras várias cidades da ToscanaGênova, Bra e outras cidades do Piemonte, finalizando em Milão, novamente. Daqui partimos para a França, incluindo Bordeaux, depois Espanha, incluindo Bilbao,  Salamanca e Portugal, totalizando 54 dias de viagem.

De volta na estrada!

IMPORTANTE:

A opinião aqui expressa é a nossa verdade! A autoria das fotos é de Ivane Fáverocom exceção das fotos com autoria mencionada.

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Esperamos que tenham gostado desta postagem, que teve sua elaboração feita com muito carinho e atenção. Queremos compartilhar nossas experiências com o objetivo de ajudar aos nossos leitores a terem experiências e vivências memoráveis em suas viagens, como nós estamos tendo.

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