Patagônia Argentina – Início da viagem: Puerto Madryn, Trelew, Gaiman e Punta Tombo

Patagônia, Patagônia…

Quantos imaginários evoca o nome desta região tão distante, inóspita e única, localizada no ponto mais austral do planeta terra, Sul da Argentina!

 

O início da viagem pela Patagônia

Sonhamos em conhecer este lugar antes mesmo de nos conhecermos. Eu e o Rômulo tínhamos o desejo de conhecer este território de uma forma mais próxima, individual, em nosso tempo, e somente rodando por suas veias (estradas) é possível.

O sonho foi sendo adiado, pelo trabalho, estudo, filhos, financeiro, falta de tempo, pandemia. Mas a idade avança e não sabemos até quando aguentaríamos uma viagem de uns 11.000 quilômetros (previsão).

Assim, decidimos partir, apesar da burocracia (muitos mais documentos são exigidos) e dos cuidados que o momento ainda exige, em função da pandemia.

A Patagônia não vai desaparecer, mas nós sabemos que temos nossos limites, afinal, os 70 anos do Rômulo estão próximos.

Já fizemos 2.600 quilômetros, partindo da Serra Gaúcha, passando por Uruguaiana, ficando um tempo em Buenos Aires, chegando à Bahia Blanca para uma noite e, agora, curtindo Puerto Madryn por uns dias, antes de seguir para Comodoro Rivadavia.

Alguns nos perguntam se vale a pena rodar por tanto tempo. Aí respondemos que fazer a Patagônia não é só chegar a um destino. É sentir suas estradas e sua solitude, sua solidariedade, suas paisagens, observar seus animais, e, sempre que possível, curtir suas cidades e atrativos. Há ótimos hotéis e restaurantes, cidades com excelentes estruturas neste caminho.

Agradecemos por todo o carinho, incentivo e dicas que nos passam.

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Puerto Madryn

Nos disse, hoje, a prestativa e simpática Glória, que trabalha na Secretaria de Turismo de Puerto Madryn, que a solidão da Patagônia provoca a solidariedade. De fato, temos sido muito bem acolhidos por cada pessoa que encontramos nesse caminho.

Aliás, esta cidade nos acolheu com muito carinho. Fomos recebidos pelo Secretário de Turismo, Marcos Grosso, e sua equipe, que nos deram dicas preciosas. Agradecemos!

“¡La Patagonia! Es una amante exigente. Te embruja. ¡Es una hechicera! Te atrapa en sus brazos y nunca te suelta”. “En la Patagonia” (1977), Bruce Chatwin.

No deslocamento de Puerto Madryn para Trelew (nos hospedamos em Puerto Madryn, mas acolhemos as dicas do Turismo local de aproveitar também o entorno da região), em torno de 60 km de estrada, nos deparamos refletindo acerca da mágica do meio do caminho, isto porque, embora nosso destino final seja Hushaia, vivenciamos e ad-miramos as pessoas que interagimos e os locais por onde passamos.

Ah, não se pode esquecer que, em uma viagem longa como essa uma boa companhia é o ideal, que nos permitem trocarmos impressões e, muito importante, muitas vezes conversarmos em silêncio.

 

Trelew

Enfim, chegando em Trelew fomos conhecer o Museu Paleontológico que possui o maior dinossauro carnívoro da Terra encontrado até hoje. Ficamos impressionados com os inúmeros achados fósseis existentes neste museu e nesta região.

O museu nos faz refletir o átimo de vida que temos neste nosso imenso e maravilhoso Planeta Terra.

Aqui também há, às margens da rodovia, uma enorme escultura de dinossauro, ponto para fotografia de muitos viajantes.

 

 

Gaiman

Depois de Trelew nos dirigimos para a pequena cidade de Gaiman, local que nos atraiu por causa da imigração dos galeses. Aquela cidade é o símbolo da Colônia Galesa no Vale do Chubut, na Patagônia, que chegaram na região em 1865.

Lá chegando, fomos conhecer o Museu Antropológico da cidade, que nos expõe a vida dos habitantes originários da região Mapuche e los Patagones o Tehuelches, os quais aceitaram os galeses, com eles se integrando.
Ainda em Gaiman fomos a uma casa de chá, que é uma tradição que os galeses trouxeram.

Na Casa de Chá Ty Gwin provamos o famoso chá galês e seus doces, especialmente o seu ícone, que é a torta negra. Em suma, adoramos Gaiman por causa da sua história galesa e dos seus habitantes originários, além de uma maravilhosa experiência em uma casa de chá.

 

Puerto Madryn

Seguimos hospedados em Puerto Madryn, que possui maior estrutura e possibilita aproveitar estes atrativos culturais.

Nos conectarmos com nossa ancestralidade, a América do Sul, com sua história e sua natureza! Esta viagem está nos provocando este sentimento em muitos momentos.

Ontem pude experimentar uma experiência incrível de conexão. Nadar com lobos marinhos, os ‘perros’ do mar, como chamam aqui.

Isso só pode ser vivido aqui, me contou o Pato, proprietário da Operadora Bucea Hoy que oferece Snorkel con Lobos Marinos, que é especializado em mergulho de deficientes. Ele morou no Brasil e fala um bom português!

Assim, me dirigi, às 9h, para a empresa e recebi os trajes de Neoprenne de 7mm. É bom já ir com roupa de banho (biquíni, sunga ou calção por baixo da roupa). Também recebi as instruções e logo fomos caminhando até a lancha que nos levaria por uns 30 quilômetros (25 minutos aproximadamente) até a Reserva Natural “Punta Loma.
A Reserva é o único local de proteção permanente de lobos marinhos de pelo (Otaria Flavescens) da região.

A Área Natural Protegida é supervisionada por ‘guardafaunas’ da Província, assim só se pode mergulhar ou praticar snorkeling com a companhia de um instrutor, que segue todas as regras para não interferir na área. Somente podem atracar 3 embarcações e um máximo de 18 passageiros.

A interação deve ser natural. Mesmo neste período de acasalamento e amamentação os mais animados vieram nos encontrar e fizeram sua exibição simpática. Um encanto!

O bom é saber que não exige experiência prévia, nem saber nadar! Eu sou a prova disso, tenho muito medo e fui assim mesmo. A instrutora Martina me deixou muito confiante, nem fiquei nervosa!

Aliás, a experiência pode ser realizada por qualquer pessoa, a partir dos 8 anos até quem tenha condições de subir um lance de escadas!

Ah, o pessoal também pode nos fazer fotos e vídeos, se desejar.
Recomendo! Inesquecível! E o mar é lindo!

O custo é de US$ 100.00 (cem dólares americanos)

Ah, o Rômulo não veio comigo nesse passeio porque precisou trabalhar em um processo judicial de urgência e que demandou bastante tempo de confecção. Por isso, ele ficou no hotel nesse dia.

Restaurante Coral

Quantas descobertas nessa viagem!

Descubra Madryn, é o convite da Secretaria de Turismo da cidade. E foi o que fizemos!

Ainda que não tenhamos visitado todos os atrativos desta bela cidade litorânea da Patagônia, nos encantamos com o que vimos.

Uma cidade acolhedora, com bons hotéis e excelentes restaurantes. Cidade limpa e com um clima praiano, bom para caminhar pela orla.

Aqui nós aproveitamos para conhecer o cordeiro da Patagônia, em duas versões: no forno e no disco.

E escolhemos o Restaurante Coral Resto que fica localizado junto à praia. Escolhemos uma mesa junto à areia e pudemos contemplar o entardecer longo e calmo.

Adoramos os dois cordeiros e, ainda, a sobremesa “volcano de chocolate”.

Eles possuem áreas fechadas ou abertas. Servem desde o café da manhã ao jantar.

Qualidade que faz você querer voltar para o lugar. Assim, um restaurante se torna um atrativo turístico.

 

Punta Tombo

Quantos sonhos você tem? Quais ainda podem ser realizados nesta vida?
Essa pergunta nos assola. Sabemos de nosso tempo limitado.

E tínhamos o sonho de conhecer estes bichos tão especiais: os pinguins.

Nos falaram de Punta Tombo, mas tínhamos medo de ver somente uns poucos ou nem vermos…

Bem, para nossa surpresa, vimos MUITOS pinguins, milhares, dizem que há mais de 200 ou 400 mil pinguins nesta reserva!!! Foi emocionante!!! Superou qualquer sonho!!!

Fomos até lá seguindo o carro do guia Juan da @cuyunco agência de turismo instalada em Puerto Madryn. Não que fosse necessário, mas queríamos contar com a explicação do guia.

Chegamos à reserva depois de rodar 180 quilômetros (de Puerto Madryn a Punta Tombo), sendo 22 de estrada de chão. Todas em boas condições.

A Reserva Punta Tombo é uma Área Natural que protege a maior colônia de pinguins de Magalhães do mundo!!

A colônia de pinguins tem um centro de visitantes onde os guardas dão as explicações. A partir daí começa um caminho de 3.500 metros pela praia que atravessa o habitat dos pinguins. Há também uma trilha curta de 650 metros para pessoas com mobilidade reduzida.

Sim, é possível passear entre estas adoráveis aves, observar o seu modo de vida, acompanhar de perto os seus característicos passinhos (claro que tentamos imitar, depois, escondidinhos), observar como mantêm os seus ninhos e crias entre os arbustos, e ver como nadam no mar de um pouco mais longe. Encantador!

Este é o local escolhido pelos pinguins para fazer seus ninhos e ter seus filhotes. A colônia de pinguins é uma faixa costeira de 3 km. comprimento por 600 metros de largura. Assim, há um regramento de não se aproximar muito (mínimo de distância de 1 metro é exigida e controlada), não tocar neles e, obviamente, não levar nada além de fotos.

Importante: Punta Tombo está fechada de abril a setembro. Neste período eles estão se alimentado no mar brasileiro.

Além dos pinguins, é possível ver emas, guanacos e maras.

  • Tempo aproximado do passeio: Trilha de 3.500 metros: 3 horas.
  • Custo: 1.300 pesos (para estrangeiros), algo como 40 reais no câmbio atual.
  • Aberto todos os dias das 8h às 18h.


 

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Importante:

O Viajante Maduro viaja como ideal de vida e profissão.

A opinião aqui expressa é a nossa verdade!

Esta matéria contou com a colaboração da futura publicitária Lúcia Fávero Moraes.

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Esperamos que tenham gostado desta postagem, que teve sua elaboração feita com muito carinho e atenção. Queremos compartilhar nossas experiências com o objetivo de ajudar aos nossos leitores a terem experiências e vivências memoráveis em suas viagens, como nós.