Aproveitando o Interior da Emília Romagna – Itália

Já havíamos visitado Bologna e também Ferrara em 2017. Mas desta vez queríamos explorar o interior da Emília Romagna, uma das mais lindas regiões da Itália e ainda com um turismo mais brando. Vamos juntos?

BERTINORO

Deixando as Cinque Terre tomamos o trem até Bolonha e lá alugamos nosso carro, com um preço bem melhor do que na Toscana. Era feriado e havia grande movimento nas estradas e os locais mais turísticos estavam lotados. Assim, fomos em busca de um novo destino. E que descoberta!

Estivemos e nos hospedamos em Bertinoro, uma bela comunidade localizada na região de Emília-Romanha, na província de Forli-Cesena, Itália. Essa comunidade tem em torno de 11.000 habitantes.

Do centro da cidade histórica de Bertinoro visualiza-se em torno de 7 outras comunidades. Em suma, a visão que se tem da praça (e do hotel em que nos hospedamos) é maravilhosa, onde nossa vista alcança uma enorme extensão de áreas.

A comuna possui um Castelo que pode ser visitado, um museu de interreligiões, além de outros locais turísticos. No entanto, em razão de que já tínhamos outras programações em outras localidades adjacentes a Bertinoro, não conseguimos visitar esses atrativos.

Em Bertinoro somente pousamos em um excelente hotel na cidade história e jantamos em dois excelentes restaurantes da comunidade. O Hotel Panorama foi um achado! O lugar é perfeito para percorrer as pequenas e charmosas cidades da Emilia Romagna. O hotel fica junto à praça da pequena cidade, junto a um bar, mas à noite tudo é silencioso.

A proprietária Cristina nos indicou ótimos restaurantes: o Cá de Bé e o maravilhoso Bistrot Colonna.

Adoramos aproveitar essa pequena joia (beber-te em ouro foi a expressão que originou o nome do município e se referia ao vinho aqui elaborado) e daqui partimos para visitar outras belas cidades. Contamos nos próximos ‘capítulos’.

Dica: As piadinas são um prato tradicional da região de Emilia Romagna e não chegamos a uma conclusão se é em Bertinoro ou em Ravenna que podemos saborear os melhores exemplos deles. A piadina é um pão achatado tradicionalmente recheado com presunto crú, queijo e rúcula. Não deixe de provar. Nós amamos!

RAVENA

Ravena (Ravenna) está localizada na região da Emília-Romanha, Itália, e possui em torno de 145.000 habitantes. Ela é conhecida por seus mosaicos cristãos e bizantinos, encontrados dentro de edifícios históricos – dos quais 8 são Patrimônios Mundiais da UNESCO.

Ficamos hospedados em Bertinoro e aproveitamos para conhecer esse lugar fantástico!

Visitamos inúmeros pontos turísticos utilizando o ingresso único que dá direito a 5 locais. O custo é de 25,00 euros.

O BATISTÉRIO ARIANO: Nos provocou comoção ao entrar em seu pequeno recinto. Ficamos embasbacados contemplando o esplendor do teto de mosaico representando os r Jesus sendo batizado por João Batista. O Batistério foi construído entre os séculos V e VI dC e tem forma octogonal.

A BASÍLICA DE SAN VITALE: Exemplo da arquitetura bizantina, de 547 d. C. Espetacular!

O MAUSOLÉU DE GALLA PLACIDIA: Belíssimos mosaicos! Originalmente, este túmulo glorificado continha os restos mortais de Galla Placidia, filha de um imperador romano. Vale pesquisar mais sobre essa grande mulher!

O TÚMULO DE DANTE E O MUSEU DANTESCO: Sempre nos impressionou a leitura da Divina Comédia. Já tive pesadelos com o Inferno e seus círculos. Mas desconhecia o fato de que o grande escritor Dante estava enterrado aqui em Ravena! Sempre imaginei que estivesse em Florença, já que lá viveu a maior parte de sua vida. Mas nos surpreendemos ao saber que ele passou seus últimos anos na cidade que escolheu, onde morreu em 1321. Seu corpo foi então disputado por Florença e até outros mais, mas Ravena soube proteger os restos mortais do escritor que influenciou a criação da língua italiana, o idioma oficial. Este não tem custo para visitar.

Também visitamos a Basílica de São Francisco, o Batistério Neoniano, o Mercado, a Pizza del Popolo, o Duomo e têm mais atrativos em Ravena!!! Vale percorrer o “Camminare Ravenna con la Divina Commedia” e ver os caminhos de Dante por aqui.

Amamos e ficamos com vontade de ficar mais tempo nesta bela cidade. Até indicamos se hospedar por aqui.

CESENA

Cesena está localizada na Emília-Romanha, Itália, e possui em torno de 100.000 habitantes.

Nosso interesse em visitar essa comunidade deve-se ao fato de que quisemos conhecer a Biblioteca Malatestiana, que é do Século XV, sendo considerada a primeira biblioteca cívica europeia e o único exemplo de uma biblioteca monástica humanista totalmente preservada no prédio, no mobiliário e no equipamento da biblioteca. Ela está incluída como a Memória do Mundo pela UNESCO.

A visita foi muito significativa, pois vimos uma biblioteca daquela época, com seus livros escritos à mão, perfeitamente intacta. Ela é considerada a biblioteca mais antiga da Europa e já naquele tempo aceitava mulheres, haja vista os registros dos nomes nas paredes.

Uma curiosidade, os livros eram todos em pergaminho, pele de animal, e a escrita podia demorar anos. Outro detalhe, eles eram acorrentados aos bancos, não somente para evitar roubos, que não aconteciam, mas para que não mudassem de lugar, facilitando encontrar os mesmos.

Caminhamos pelo centro histórico, desde a Piazza del Popolo, caracterizada pela Fonte Masini, uma joia da era maneirista, até o Palazzo del Ridotto, dominado pela estátua de bronze do Papa Pio VI, a Catedral de S. João Batista, com a Capela de Nossa Senhora do Povo e o Museu da Catedral, no Teatro “Alessandro Bonci”, uma verdadeira joia neoclássica.

Mas ainda teria o Museu de Ciências Naturais, a Galeria Municipal de Arte, o Museu Arqueológico, o Museu da Centuriação, a Fortaleza Malatesta, a Abadia Beneditina de Santa maria del Monte.

Mas estava tão calor e queríamos visitar Cesenatico. Então partimos, sabendo que nunca esgotamos tudo o que uma cidade tem a oferecer. Fica sempre uma pendência, um estímulo para retornar.

CESENATICO

Cesenatico, a “Veneza da Emília-Romanha”, tem em torno de 22.000 habitantes. Nosso interesse em visitar essa pequena comuna foi conhecer o Porto Canale Leonardesco, que é um canal escavado no início do Século XIV e que, contam, teria sido criado por Leonardo Da Vinci.

Entretanto, há informações de que esse canal já existia há dois séculos antes da passagem de Da Vinci pela cidade. Ocorre que em 1502 esse porto foi objeto de inspeção de Leonardo Da Vinci, a pedido de Cesare Borgia, para verificar as infraestruturas civis e militares, tendo ele feito dois desenhos do canal do porto.

Nas águas do canal também há um Museu Marítimo a céu aberto, com inúmeras embarcações antigas aportadas ao logo do canal, em homenagem aos pescadores do Adriático. Elas não se movem, já que estão entre pontes, mas é belíssimo o cenário que criam, especialmente nos dias em que seus proprietários podem içar as velas.

Além do Porto Canale Leoardesco, há outros atrativos turísticos em Cesenatico, como a Casa Museu Marino Moretti, a Praça Pisacane, o Mercado do Peixe de 1911, a Praça Ciceruáquo.

Adoramos conhecer a Piazza Delle Conserve, onde conservavam o peixe em grandes tanques cobertos de gelo. Aproveitamos para passear pela bela praia, que estava lotada de veranistas. Infelizmente não estávamos com trajes de banho e ficamos só na vontade de voltar para nos banharmos no Mar Adriático, na Riveira Romagnola!

Ao final ainda passeamos pela feira local, com produtos diversos. Vimos a homenagem à Anita Garibaldi, um belo busto, lembrando de nossa integração Brasil e Itália.

SANTARCANGELO DI ROMAGNA E MONTEBELLO

Visitamos Santarcangelo (fotos 1 a 7), uma cidade da região da Emilia-Romanha, província de Rimini, Itália, que possui em torno de 20.000 habitantes.

Nessa cidade nasceu o Papa Clemente XIV e ela pertence à rede das Cidades Cittaslow, que é uma organização não governamental que tem por objetivo reduzir a velocidade da vida nas cidades, visando a uma melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Lembram que já falamos do movimento Slow Food por aqui? Os princípios são parecidos, mas este lida mais com o alimento e a Citta Slow amplia a visão e busca o bem-estar. Concordamos com esta reflexão e princípios e, inclusive, buscamos um modelo de viagens mais ‘slow tour’, tudo é um aprendizado.

Chegamos direto na Piazza Ganganelli, cuja entrada se dá pelo Arco do Papa Clemente XIV, onde havia um mercado, um brique, a Fiera dei Becchi, com tudo o que possa imaginar que estava à venda. Subimos a cidade para conhecer o Castelo (Rocca) Malatestiana, mas estava fechado. Contemplamos a Torre e aproveitamos a água do Aqueoduto Cívico, além da bela visão de toda a cidade.

Aproveitamos para tomar uma bebida no Ristorante Ferramenta Generi Alimentari, um lugar fantástico, localizado em uma antiga loja de ferramentas. Tudo aqui remete a esta história. Bela decoração, imperdível!

De lá partimos para o Castello di Montebello (fotos 8 a 10), onde nos remetemos a Monte Belo do Sul, localizada na região em que a Ivane nasceu e onde seus pais ainda vivem. Um belo borgo, localizado no alto de uma colina, onde a fortaleza foi construída no século XI, delimitando o território Riminese, pelo Malatesta.

Aqui há bons restaurantes, pequenas igrejas e uma linda vista. Daqui avistamos o país que iríamos. E lá fomos nós!


Importante:

O Viajante Maduro viaja como ideal de vida e profissão.

A opinião aqui expressa é a nossa verdade!

Esta matéria contou com a colaboração da publicitária Lúcia Fávero Moraes.

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Esperamos que tenham gostado desta postagem, que teve sua elaboração feita com muito carinho e atenção. Queremos compartilhar nossas experiências com o objetivo de ajudar aos nossos leitores a terem experiências e vivências memoráveis em suas viagens, como nós.