Como já contamos, escolhemos a Região do Piemonte em função de nossa busca pela gênese do Slow Food. Assim, nos hospedamos em Bra (veja post clicando aqui) por 4 dias e, assim, aproveitamos para conhecer esta região, ainda liberta do turismo massivo mas já descoberta pelos apaixonados pela boa gastronomia e excelentes vinhos italianos.
Contaremos nossa passagem pelas simpáticas cidades de Alba, Barolo e Polenzo. Ainda objetivávamos conhecer Asti, mas preferimos ficar nas cidades menores ‘para não desvirtuar’, como nos disse a atendente do Centro de Atendimento ao Turista de Bra que, simpaticamente, nos ofertou os mapas das cidades que deveríamos visitar.
Alba
Aproveitando que estávamos nesta linda região, e com tempo, fomos conhecer Alba, uma das cidades mais lindas da região. Com quase 30.000 habitantes e numa das mais lindas regiões da Itália, a cidade conserva as características necessárias para o bem viver. Trânsito tranquilo, segurança, boa gastronomia, saúde e paz.
O centro ainda estava decorado com motivos natalinos. Caminhamos calmamente e fomos até o Centro de Atendimento ao Turista – CAT, buscar informações sobre as “Langhe”, afinal, estávamos no território da Langhe Monferrato Roero, que possui um Consorzio Turístico que oferece a possibilidade de agendar o local do almoço, direto nos CATs.
Uma das primeiras visitas foi na Catedral de San Lorenzo. Imponente e acolhedora, de fundação paleocristã e, posteriormente, românica, foi reedificada pelo Bispo Novelli no século XV e, após, pelo arquiteto Mella, no século XIX. Os vestígios, do período tardo-romano ao medieval, podem ser visitados na área arqueológica subterrânea, sede do Museu Diocesano.
Ângulos e perspectivas descortinam novas imagens de Alba.
O Slow Food também está presente em Alba, apoiando a ‘condota Slow Food Alba – Langhe – Roero. A cidade subterrânea pode ser visitada, mas é preciso agendar pelo site www.ambientecultura.it
Apaixonado pela história e pela antiguidade, o Rômulo nem se importou com o frio de 0º e me motivou a continuar caminhando pela cidade na fria manhã de inverno.
Com todo o frio, os jovens seguem vivendo a vida! Convidados pelos professores, saíram para uma caminhada, aproveitando o sol que surgia e aproveitaram para patinar na pista recém instalada na cidade. Nos perdemos olhando a alegria destes jovens.
Alba é famosa pelo ‘Tartufo Bianco’ e realiza eventos para celebrar esta raiz tão importante para a gastronomia local. Também é reconhecida por ser a terra da ‘Fondazione Ferrero”, sim aquela do célebre bombom Ferrero Rocher e da Nutella. Não visitamos a empresa, que recebe turistas, já que não apreciamos os produtos e buscávamos conhecer os produtos artesanais.
A fome já estava chegando e nos dirigimos a Roddi, nas proximidades de Alba, para almoçarmos num autêntico restaurante das Langhe, indicado pela atendente do CAT.
Roddi
Roddi é uma pequena cidade de pouco mais de 1.500 habitantes. Pertence ao território recentemente declarado patrimônio da Humanidade pela Unesco, a região de ‘Langhe Roero’. Aproveitamos para saborear a gastronomia da terra, da cultura local. Fomos ao indicado restaurante ‘La Crota’, com mais de 25 anos de história (iniciou em outro prédio) e nos deliciamos com os pratos sugeridos pela Sra Daniela Montanaro e preparados pelo seu marido Danilo Lorusso.
La cucina è tipicamente locale, con sapori nostrani e variazioni sul tema langarolo, con un tocco innovativo e originale. Nella stagione autunnale, naturalmente, non mancano mai ottimi piatti con funghi e tartufi.
Nem só com bons vinhos brinda-se nesta região!
Partimos com energia e calor renovados! Rumo ao território dos famosos vinhos Barolo!
Barolo
A neve ainda estava acumulada no caminho que levava a Barolo. Subindo as colinas sentíamos o frio ficar mais forte, apesar do sol que aquecia. A expectativa era grande! Chegar ao lugar de onde são gerados os famosos vinhos Barolo. Já havíamos visitado a Toscana e degustado os também reconhecidos vinhos de Brunello di Montalcino. Também havíamos nos encantado com os vinhos Nobile di Montepulciano. Agora era a vez de descobrir os barolos, afinal esta é uma viagem que tem seu foco, também, no enoturismo.
Paisagens de tirar o fôlego! Os mais belos vinhedos, predominantemente de uvas Nebbiolo, se descortinavam na ondulação das colinas. Os vinhos são produzidos seguindo as normas da Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG).
A cidade tem menos de 700 habitantes, mas é encantadora. Edificada sobre uma colina, com seus altos e baixos, nos proporcionou uma agradável caminhada (necessária após o farto almoço em Roddi). O Castelo se mostrava, enquanto nos aquecíamos na subida até o Centro Histórico. O objetivo era visitar o Museu do Vinho. Infelizmente, estava fechado! Uma das poucas vezes que não agendei visita, pois sabia que era período de baixa, mas não imaginei que estivesse fechado. Bem, nos contentamos com a vista externa e ficamos com o desejo de retornar para conhecer o referenciado museu. Dica: visite o site http://www.wimubarolo.it/it/ e agende sua visita 😉
O Museu dos Saca Rolhas e a Enoteca também estavam fechados. Caminhamos pelas ruas quase desertas, imaginando o que estariam fazendo as pessoas deste lugar, nesta hora.
A paisagem compensava o fato de boa parte dos estabelecimentos estarem fechados. Vinhedos por todo lado!
A placa informava sobre as atrações. Teremos que voltar em outro período. No inverno boa parte dos estabelecimentos fecham ‘para férias’.
As Igrejas se mesclavam na paisagem encantadora de Barolo.
As colinas cobertas com os vinhedos de Nebbiolo, as inúmeras vinícolas, as casas com suas chaminés soltando fumaça, nos encantaram nesta tarde de sol e frio.
Vinhedos e poesia! Paisagem que emociona a cada curva. Cada fileira de vinha conta uma vida, de homens e mulheres. Aqui se encontram ‘Le Strade del Gusto’! De fato, aromas, cores e sabores que marcam na memória.
O Museu estava fechado. Voltaremos!
‘Aqui sempre estamos abertos’ , nos diz o Sr. Angelo, assim que chegamos exclamando ‘enfim um lugar aberto!’. A Cantina Germano, de Germano Angelo, que nos recebeu, foi a única enoteca ou vinícola aberta. Ele simpaticamente afirmou: ‘não tenho porque fechar, moro aqui, vivo aqui e sempre tem alguém que aparece para comprar meus vinhos ou reservar um apartamento no agroturismo que abrimos”.
A vinícola está na quarta geração e, desde 1908, elabora vinhos de alta qualidade. Os vinhedos estão em Morra, Monforte e Barolo. Elaboram os vinhos com as uvas Nibbiolo d’Alba, Dolcetto d’alba e o Barbera d’Alba. O Sr. Angelo nos apresentou a nova proposta de agriturismo, a Casa Svizzera, onde também há um wine shop e cantina.
A neve também acompanhou-nos no retorno.
Antes de partir de Barolo, um brinde aos seus vinhos!
Pollenzo
Nos dirigimos a Pollenzo com o desejo de conhecer a ‘Università degli Studi di Scienze Gastronomiche’, fundada em 2004, numa iniciativa do Slow Food e da Região de Piemonte. Administrada por uma Associação privada, a Universidade recebe estudantes de vários países, inclusive do Brasil, que buscam aprofundar os conhecimentos sobre a enogastronomia.
Fomos recebidos por um professor que nos explicou brevemente como funcionava a Universidade, sobre os cursos de graduação e mestrado, sempre focados na gastronomia e nos vinhos.
Também aproveitamos para conhecer o Castello de Pollenzo, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Soubemos que Pollenzo anteriormente se denominava Pollentia, antiga cidade romana. Escavações podem ser vistas pela cidade que, já em 1238 era fortificada. Em frente ao Castello está a Igreja de San Vittore.
Ao fim de mais esta etapa da Europe Trip, partimos para Gênova.
ONDE COMER E FICAR:
Ristorante La Crota – na região delle Langhe – Via Fontana, 7 –Roddi, Piemonte, Itália. www.ristorantelacrotalanghe.it – Comida da região, super bem feita, atendimento carinhoso pelos proprietários, vista bonita do Piemonte – 38,00 com uma taça de vinho, uma de grapa e os deliciosos pratos acima apresentados.
Casa Svizzera – Via Roma, 65, Barolo, Piemonte, Itália. www.casasvizzera.com
Mais informações: www.osterieonline.it e www.tartufoevino.it
CONHEÇA NOSSA HISTÓRIA:
No início de 2017 nos permitimos vivenciar uma experiência por 4 países da Europa. Veja post aqui e conheça nossa história.
Em janeiro passamos 16 dias aproveitando o Norte da Itália. Iniciamos por Milão, passando por Verona, Valpolicella, Conegliano, Padova, Bolonha, várias cidades da Toscana, Gênova, Bra e outras cidades do Piemonte, finalizando em Milão, novamente.
IMPORTANTE:
A viagem (Europe Trip) do Viajante Maduro não tem qualquer patrocínio, nem conflito de interesse. A opinião aqui expressa é a nossa verdade! A autoria das fotos é de Ivane Fávero.
A opinião aqui expressa é a nossa verdade! A autoria das fotos é de Ivane Fávero (com exceção das 3 sinalizadas).
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, no Pinterest, no Youtube e no Instagram. Também aproveita e te inscreve aqui no blog, cadastra teu e-mail, assina e depois, quando receber o e-mail em sua caixa de mensagens, confirma! Isso é super importante para a gente! Estímulo para continuarmos com este blog. Agradecemos!
Esperamos que tenham gostado desta postagem, que teve sua elaboração feita com muito carinho e atenção. Queremos compartilhar nossas experiências com o objetivo de ajudar aos nossos leitores a terem experiências e vivências memoráveis em suas viagens, como nós.
A programar sua viagem, utilize os links abaixo. As empresas e serviços aqui indicados foram testados por nós:
- Reserve seu hotel, e aproveite a estadia, aqui;
- Viaje tranquilo com o Seguro de Viagem da Seguros Promo;
- Alugue seu carro e aproveite a viagem .