Il Sirio
Quando da Genova il Sirio partiva
Per L’América al suo destino
Senza timore il Sirio correva
Legger leggero sul plácido mar.:/O Sírio, Sírio, la misera squadra
Per molta gente la misera fin.:/Sull’Alto mare la nave s’infranse
Incontrando lo scoglio fatale
Quatro barchette scorrevan sull’acque
Va in soccorso dei nostri fratelli.:/O Sírio, Sírio, la misera squadra
Per molta gente la misera fin.:/Tra quei naufraghi i Preti pregavano
E poi lor davano la benedizione
Padri e Madri bacciavano i figli
Poi sparivano tra le onde Del mar.:/O Sírio, Sírio, la misera squadra
Per molta gente la misera fin.:/
Não há como não se emocionar ao chegar no porto de Gênova e, mentalmente, ouvir a música que meus pais e tios tantas vezes cantaram. Desconheço a autoria, mas Il Sirio me fez encher os olhos de lágrimas inúmeras vezes e, ao me deparar com este porto, mais uma vez.
A música conta uma história verdadeira, ocorrida em 4 de agosto de 1906, quando o navio italiano denominado Sirio, viajando de Gênova para o Brasil e Repúblicas do Prata, naufragou nas costas da Espanha, próximo das Ilhas Formiga junto ao Cabo Palos. Contam que ele transportava 1700 passageiros, entre os quais 700 emigrantes italianos, sobretudo vênetos e trentinos, que tentavam a sorte de uma nova vida no Brasil, Argentina ou Uruguai. Destes, 300 morreram no ato e 200 ficaram desaparecidos. Os que conseguiram se salvar foram abrigados pelas populações de Cabo Palos, Cartagena e Alicante. Também neste caso a ganância provocou a morte de tantos. O comandante do “Sirio” foi preso em Cartagena, culpado pelo sinistro, pois, visando maiores lucros, embarcava emigrantes clandestinos nas costas da Espanha, aproximado-se demais dos arrecifes.
Chegando a Gênova, rumamos em direção ao Porto Antigo. A sinalização ajudava, já que o Waze algumas vezes nos deixava em dúvida. Nos encantamos vendo as casas ‘dependuradas’ nos morros. As cores eram iluminadas pelo sol perpendicular.
Eu acredito na América – Todos sabem a história de miséria que viviam na Itália os imigrantes que vieram para a América. A América era a única chance deles. Era a terra prometida. O Poderoso Chefão – I, fala de Bonasera.
Gênova possui mais de 600 mil habitantes (mais de 1,5 milhões na região metropolitana) e está localizada na região da Ligúria. Seu porto ocupa lugar de destaque, sendo considerado o mais importante do mar Mediterrâneo (disputando a colocação com Marselha).
Sobre a imigração italiana, indicamos verem o site http://www.ciseionline.it/ que possui informações sobre as pessoas que lá embarcaram (imigrantes para a América). Basta inserir o sobrenome e o nome e a pesquisa está feita. Bem, se estiver procurando seus antepassados, fica a dica. O mesmo site traz o registro de algumas histórias dos imigrantes.
Com relação ao turismo, Gênova pode ser incluída em seu roteiro, sim. Há muito o que se fazer aqui, especialmente em dias mais quentes.
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Quando aqui estivemos fazia muito frio, próximo de 0º e, com o vento forte, sensação térmica de alguns graus negativos. Assim, não aproveitamos muito do belo porto revitalizado em 1992, com bares, restaurantes, pista de patinação, elevador panorâmico e algumas outras atrações que estavam fechadas na baixa temporada. Não visitamos o Aquário, pelo princípio de que não gostamos de ver animais sendo explorados comercialmente.
Como estávamos só de passagem, lamentamos não poder circular pela cidade e conhecer melhor seu centro histórico, suas belíssimas igrejas e palácios, sua história e sua cultural.
De qualquer forma, a passagem foi válidade e, acreditamos que buscando nossas raízes, também nos encontramos e, por este motivo, sentimo-nos muito bem ao partir para nosso próximo destino.
A saudade que dói mais fundo e irremediavelmente é a saudade que temos de nós.
(Mario Quintana)
CONHEÇA NOSSA HISTÓRIA:
No início de 2017 nos permitimos vivenciar uma experiência por 4 países da Europa. Veja post aqui e conheça nossa história.
Em janeiro passamos 16 dias aproveitando o Norte da Itália. Iniciamos por Milão, passando por Verona, Valpolicella, Conegliano, Padova, Bolonha, várias cidades da Toscana, Gênova, Bra e outras cidades do Piemonte, finalizando em Milão, novamente.
IMPORTANTE:
A opinião aqui expressa é a nossa verdade! A autoria das fotos é de Ivane Fávero, com exceção das fotos com autoria mencionada.
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