Saímos de El Bolsón e chegamos em Bariloche! O caminho é muito lindo, em meio à Cordilheira dos Andes (Confira aqui o que fazer em El Bolsón).
Bariloche já foi destino de muitos turistas brasileiros, de forma massiva, especialmente no inverno, merecendo até o apelido de “Brasiloche”, mas em função da pandemia e das restrições, no momento são os próprios argentinos que estão usufruindo do turismo local, incentivados pelo programa do governo que abona até 50% dos valores. Sempre é importante lembrar que Bariloche não é um destino apenas de inverno, pois tem alternativas excelentes no verão, principalmente para quem gosta de natureza, caminhadas, trekking, lagos e cervejarias. Confira o perfil oficial da cidade voltado ao público brasileiro: @barilochebrasil.
Impossível fazer tudo em dois ou três dias, por isso já queremos voltar, em outra estação, para complementar nossa experiência e para fazer os cerros, a rota das cervejarias, aproveitar mais o comércio local e os outros atrativos. Indicamos pelo menos cinco dias na cidade!
Contatos
Centro de Bariloche e Lago Nahuel Huapi
Já prontos para “barilochear” (@barilochear), iniciamos uma caminhada pela cidade, que logo nos presenteou com lindos e diversos cenários com flores, arquitetura, cassino e, claro, com o lago Nahuel Huapi.
Uma delícia flanar próximo ao lago formado com a límpida água de degelo – o dia ensolarado tornou a paisagem ainda mais linda! Vimos muitos turistas fotografando no letreiro Bariloche e tomando um mate (como bons gaúchos, nós também adoramos). A cidade tem intenso movimento e muitas opções turísticas no verão, como o belo centro cívico.
Bosque de Arrayanes | Ilha Victoria
Prontos para as aventuras do novo dia, chegamos ao Parque Nacional Nahuel Huapi e nos apresentamos no Puerto Pañuelo às 9h. O passeio inicia às 10h40, quando embarcamos no catamarã Cau Cau (@caucau_islavictoriayarrayanes e @barilochebrasil), e encerra por volta de 18h30. Vamos conhecer dois atrativos bem conhecidos por quem já veio para cá e que foram muito indicados!
Importante saber: são 240 passageiros no total e em período de alta o catamarã lota, então a dica é ficar no espaço no bar, onde há mesas e mais espaço, além de ventilação. O custo é de 4.180 pesos na taxa de embarque e entrada para o Parque + passeio de catamarã por 6.200 pesos – a soma total dá cerca de R$ 280 por pessoa.
Na primeira parada no Parque Nacional Los Arrayanes caminhamos por passarelas em meio à natureza por 40 minutos antes de voltarmos ao catamarã. O parque é uma reserva natural e ocupa uma área de 1753 hectares! Dentro dele fica o Bosque de Arrayanes, onde é possível apreciar o arrayan, uma planta encontrada na Patagônia no formato de arbusto e que aqui ganha forma de árvore com sua característica coloração alaranjada na casca.
Segunda parada: Porto Anchorena/Ilha Victoria. Há três opções para os passageiros na Ilha: 1. não fazer nada, ou seja, curtir a Praia del Toro; 2. trilha de 1h30min que foca na parte história de ocupação e implantação de espécies exógenas (árvores e animais) – a que escolhemos; e 3. trekking por uma trilha maior de 4h30min.
A Ilha Victoria, a maior do lago, tem 20 mil hectares de extensão e é cheia de bosques, árvores típicas da Patagônia e trilhas bem sinalizadas. Daqui é possível apreciar ainda mais a beleza do Lago Nahuel Huapi, a flora fértil da região e a fauna local surpreendente.
Também há um restaurante e casa de chá na Ilha, onde almoçamos, optando por 2 empanadas e cerveja (1.100 pesos no total – cerca de R$ 30).
A dica é deixar-se levar no tempo, percorrendo as trilhas, apreciando algumas pinturas rupestres feitas pelos povos originários, aproveitando a esplêndida praia de areia vulcânica, tirar fotos e abraçar sequoias, colocar os pés na água da geleira…
Curiosidade 01: Nas décadas de 1910 a 1950 foi estimulada a implantação de pinus. Somente depois se deram conta do erro e pararam de implantar – os pinus não permitem que outras plantas se desenvolvam, que animais se aproximem e, ainda, se reproduz facilmente com o vento levando as sementes. Assim, a partir dos anos 50, passaram a estimular os bosques nativos. Os cervos também se tornaram um problema, pois se reproduziram muito e comem as plantas. Por este motivo, procuram manter a população em 4 mil, fazendo uma caça controlada.
Curiosidade 02: O nome “Porto Anchorena” foi dado em homenagem a Aaron Anchorena. Antes mesmo da Patagônia despertar interesse nos governantes, o rico aristocrata viajou pela região e se apaixonou pelo local, desejando inclusive comprar a Ilha. Ele obteve o direito de usufruto junto ao governo, por 90 anos, com o objetivo de implantar uma estância – porém devolveu ao Estado após 10 anos. Neste período, viajou muito pelo mundo e trouxe várias árvores de todos os locais, inclusive coníferas e também trouxe animais exógenos para a Ilha.
Após o passeio de catamarã voltamos ao hotel, o Hampton by Hilton Bariloche (@hamptonbariloche) e mais tarde fomos ao centro, para jantar. A cidade estava bastante movimentada, filas nas portas dos restaurantes e percebemos a tendência de luzes e mesas na rua. Turismo bombando!
Hotel Llao Llao
Bariloche é cheia de opções e seguimos de carro explorando as belas paisagens. Também há diversas cervejarias, casas de chás e chocolaterias.
Fomos ao famoso Llao Llao Resort, Golf & Spa tomar um chá e comer um docinho…um local magnífico, grandioso e com vista espetacular!
A querida Sofia, relações públicas do hotel, nos levou para conhecer este lugar histórico, que foi construído em 1938 (passou por um incêndio e foi restaurado).
Dizem que Walt Disney se encantou tanto com os bosques de Arrayanes e com as construções de madeira do local que se inspirou pra criar o filme Bambi, lançado em 1942. Nada mal, hein?
Adoramos visitar o Llao Llao (se pronuncia algo como jao jao) e usufruir do chá no jardim de inverno – não precisa estar hospedado aqui para visitar e aproveitar o local. O chá tem valor de 9.000 pesos para duas pessoas – em torno de R$240. Encerramos nossa visita com um brinde de espumante!
Contatos
Cerro Otto
Na estrada outra vez, agora em direção ao Complexo Turístico do Teleférico Cerro Otto. Aqui também estão disponíveis diversas atrações. Para usar o teleférico e funicular o valor é de 2.700 pesos – por volta de R$75,00 (@telefericocerrootto), mas dessa vez decidimos apreciar a vista do deck panorâmico. Tem pico de montanha com neve, vegetação e o Lago Nahuel Huapi! Lindo demais!
Várias trilhas, muito procuradas pelos amantes de trekking, passam pelo Cerro. Caminhamos para outro ponto onde se avista a cidade de Bariloche, tiramos fotos e assim nos despedimos desta famosa cidade argentina, sabendo que ainda há muito mais para visitar, e ficando com motivos para retornar.
Seguimos pela Ruta 40! Quem vem com a gente?
Contatos
Onde ficar
Nosso hotel por aqui foi o Hampton by Hilton Bariloche (@hamptonbariloche), bem no centro, com uma vista espetacular do lago e da cordilheira. Fomos recebidos com carinho e mimos de boas-vindas, gracias Matías!
É o primeiro Hampton na Argentina (da famosa cadeia de hotéis Hilton) e o hotel fica localizado a 150 metros do coração de Bariloche e a 200 metros do imponente lago Nahuel Huapi ( inclusive, os dois elevadores panorâmicos possuem vista para o lago). Como nômades digitais que somos, aproveitamos a boa internet do hotel para trabalhar um pouco!
Para quem chegar de aeroporto, o hotel fica a apenas 20 minutos. Pets são permitidos (o Heitor adoraria estar conosco), há um bom restaurante no local…
Tudo muito amplo e moderno.
Contatos
Chegar nesta linda cidade no Dia dos Namorados (Valentines Day) mereceu um jantar bem especial e romântico. Jantamos no romântico La Cascada Casa Patagónica (@lacascadabydon).
Esta é uma série de postagens sobre a viagem que o Viajante Maduro realizou pela Patagônia Argentina e Chilena, além de Buenos Aires e Mendoza, de janeiro a março de 2022. A viagem foi feita de carro e levou 55 dias, percorrendo 12 mil quilômetros.
Confira as outras matérias sobre nossa Road Trip pela Patagônia
-
Tudo o que você precisa saber para viajar para a Argentina e Chile em 2022: Exigências Sanitárias
-
Hotel Club Francês – Maravilhosa opção de hospedagem na Cidade de Buenos Aires
-
O que fazer em Buenos Aires – Argentina: algumas dicas para aproveitar 3 dias na cidade
-
CHECKLIST: Documentos e Equipamentos para Viajar de Carro pela Argentina
-
Patagônia Argentina – Início da viagem: Puerto Madryn, Trelew, Gaiman e Punta Tombo
-
Comodoro Rivadávia, Rocas Coloradas + Rada Tilly – Patagônia Argentina
-
El Calafate – Perito Moreno e Los Glaciares | Patagônia Argentina
-
Parque Patagônia Argentina – Parque Cueva de Las Manos e Tierra del Colores
-
Villa La Angostura – Patagônia Argentina – A cidade das Flores
-
San Patricio del Chañar – Província de Neuquén | Vinícolas da Patagônia Argentina
-
Labirinto – El Hoyo (Província Chubut) e El Bolsón (Província de Rio Negro) – Patagônia Argentina
-
Dicas preciosas do que fazer em Bariloche – Patagônia Argentina
-
Las Leñas e Valle Hermoso – Município de Malargüe – Província de Mendoza
-
Enoturismo em San Rafael e Finca La Carmelita – Província de Mendoza
-
Parque Vía Christi – Junín de Los Andes – Província de Neuquén | Argentina
-
Enoturismo em Luján de Cuyo, Província de Mendoza – Argentina
-
Descubra San Martín – Novo Destino Enoturístico de Mendoza | Argentina
-
TOP TEN – O melhor da viagem pela Patagônia e Mendoza – Argentina
Importante:
O Viajante Maduro viaja como ideal de vida e profissão.
A opinião aqui expressa é a nossa verdade!
Esta matéria contou com a produção textual da publicitária Alexandra Ungaratto e com a colaboração da futura publicitária Lúcia Fávero Moraes.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, no Youtube e no Instagram. Também aproveita e te inscreve aqui no blog, cadastra teu e-mail, assina e depois, quando receber o e-mail em sua caixa de mensagens, confirma! Isso é super importante para a gente! Estímulo para continuarmos com este blog. Agradecemos!
Esperamos que tenham gostado desta postagem, que teve sua elaboração feita com muito carinho e atenção. Queremos compartilhar nossas experiências com o objetivo de ajudar aos nossos leitores a terem experiências e vivências memoráveis em suas viagens, como nós.