Saímos de El Calafate para El Chaltén – o trajeto leva cerca de 2h30min. A Ruta 3 é uma imensa reta e, a cada mirante, paramos e agradecemos por tanta beleza nesse mundo!
Assim que chegamos a El Chaltén percebemos que a cidade está cheia de caminhantes. De todas as idades, com ou sem equipamento, em trilhas de fácil, média ou alta intensidade. Não interessa: o importante é seguir!
Um lugar em que se pode ficar, tranquilamente, uma semana. E fazendo diferentes caminhos. Vamos contar a vocês o nosso, cheio de desafio e alegria.
A fama de El Chaltén foi sendo construída ao longo dos anos, pois desde 1940 suas montanhas chamam a atenção de alpinistas do mundo inteiro. O Monte FitzRoy, conhecido pelos locais como Cerro Chaltén, é o mais famoso de todos e deu nome à cidade. A alcunha estrangeira é uma homenagem a Robert FitzRoy, capitão do HMS Beagle, navio que levou Charles Darwin em sua famosa viagem pelo mundo.
El Chaltén também é conhecida como a capital argentina do trekking. Agora, para nós, será lembrada sempre como um dos dias em que superamos nossos limites físicos e encaramos uma grande e recompensadora aventura!
O Fitz Roy e a nossa superação
O Fitz Roy é uma montanha de 3.405m localizada na fronteira do Chile com a Argentina na região da Patagônia. Fica dentro de dois parques nacionais: o Parque Nacional Bernardo O’Higgins e o Parque Nacional Los Glaciares.
Saímos do excelente hotel Los Cerros del Chalten (@loscerrosboutiquehotel) (no final do texto, confira detalhes sobre nossa hospedagem), às 9h da manhã super dispostos a encarar uma trilha!
Não sabíamos exatamente o que nos esperava – não estamos tão em forma – então pensamos em fazer um trecho, indo por um lado do Fitz Roy e voltando pelo outro, seguindo as indicações que recebemos da Secretaria de Turismo local (@elchaltenturismo). O que não nos falta é entusiasmo diante destas lindas paisagens que estamos conhecendo!
El Chaltén é muito procurada por turistas europeus e norte americanos, para caminhadas e trilhas, ainda que, com a pandemia, o movimento tenha diminuído.
Fomos de carro, já de olho na cordilheira, até o pátio da Hosteria El Pilar (@hosteriaelpilar) onde deixamos o carro e iniciamos a caminhada às 9h45, sem guia, mas munidos de mapa e da informação de que tudo estaria bem sinalizado – além, claro, da nossa paixão por lindas paisagens.
No início, bem descansados, íamos fotografando tudo… e o caminho pedregoso logo apareceu, acompanhado do vento bem frio e já achamos que era uma das partes mais difíceis da trilha…mal sabíamos! Pensamos que seriam uns 4 km de caminhada em meio à natureza que tanto amamos e, assim, entramos no Parque Nacional Los Glaciares El Chaltén (não há cobrança de ingresso).
Começamos então, de fato, a trilha El Pilar. Após uma hora de caminhada, avistamos o glaciar Piedras Blancas e paramos para registrar e recuperar o fôlego! Cada quilômetro é sinalizado e por volta do meio-dia, ainda tímido e meio encoberto por nuvens, já conseguimos ver o Fitz Roy!
Chegamos então em uma outra placa indicativa de trilhas e decidimos seguir até a Laguna de Los Tres. Passamos pelo acampamento Poicenot, por um refúgio e por mais uma placa que alertava para a dificuldade da trilha, necessidade de calçado adequado e tempo estimado de 1h. Seguimos subindo e ficando esbaforidos… pensando que a Laguna estava logo ali e já entendendo o que significava o nível difícil da trilha. Contudo, pelo tempo indicado, em breve chegaríamos à Laguna.
Em seguida, nos avisaram que a Laguna estava lá no topo… eu, Ivane, pensei em parar, mas o Rômulo quis seguir mais um pouco.
Quando estávamos desanimando encontramos outros caminhantes que nos impulsionaram. Paramos diversas vezes para descansar e recuperar o fôlego, diante da paisagem exuberante. Nossa lema se tornou: “se subimos até aqui, vamos mais um pouco”.
Eis que, então, o Fitz Roy começou a aparecer… agora sim, estávamos chegando! Sim, ele é lindo! Sim, nós conseguimos! Superamos medo, dores e cansaço! Lanchamos nesse cenário lindo, fantástico, muito emocionados!
Apreciamos os momentos nesse lugar único e incrível, onde cada pessoa que chegava era aplaudida e comemorada pelas outras, conhecidas ou não, numa energia especial. Mesmo sem nenhuma vontade de ir embora, começamos a pensar na volta.
Iniciamos a descida bem animados. Logo sentimos os joelhos, mas era preciso seguir e, pouco antes das 18h, ainda faltavam 4 km para chegar no carro. Nesse ponto podemos dizer que o Rômulo foi salvo por um pirulito! Como não havia comido nem a barra de cereal e nem o sanduíche, teve hipoglicemia e se sentiu mal, mas o doce que o pessoal de Córdoba nos deu logo ajudou. Agradecemos aos queridos amigos argentinos.
Até retornar ao hotel foi emocionante neste dia de mais de 24km caminhados! Um dia marcado pela SUPERAÇÃO e pela EMOÇÃO!
Importante:
Chegamos na base da montanha muito agradecidos pela superação. Já para quem almeja escalar o Fitz Roy, lembramos que é considerada uma das montanhas mais “difíceis”. Apesar de ter uma altura média (não chega a metade dos gigantes dos Andes), a montanha tem enormes extensões de lajes quase verticais, polidas e escorregadias nas quais batem constantemente ventos de enorme força, exigindo o máximo conhecimento técnico do alpinista.
A escalada é vertical em rocha e o principal problema da Patagônia é o clima, pois as condições costumam ser hostis. A subida da montanha é de competência exclusiva de alpinistas com muita experiência, devido à queda de neve, ventos e mudanças repentinas na situação do tempo.
Lago del Desierto
Fomos até o Lago del Desierto, que, infelizmente, estava fechado. De toda forma, nos foi muito recomendado e temos certeza que vale a visita. Para chegar, é necessário pegar a Rota Provincial nº 23 ao norte, margeando o rio Las Vueltas. À medida que a estrada se aproxima do lago, a mata nativa torna-se mais densa, com galerias de lengas gigantescas em alguns pontos.
O Lago do Deserto é emoldurado por uma floresta e duas cadeias montanhosas: a cordilheira de Vespignani a oeste com suas geleiras suspensas e a Cordilheira do Bosque a leste. O Lago possui 10 quilômetros de comprimento norte-sul e aproximadamente 1 km leste-oeste. Além disso, é alimentado pelo rio Diablo e vários riachos de água de degelo que compõem um espelho d’água. O rio Las Vueltas nasce dele e deságua no Lago Viedma.
Detalhes no site: Detalhes no site: www.patagonia.com.ar
Onde ficar e onde comer
Los Cerros Boutique Hotel | El Chaltén – Patagônia Argentina
Nossa casa em El Chaltén foi o fantástico Hotel Los Cerros del Chalten (@loscerrosboutiquehotel).
A vista do hotel, dos vales e dos lagos ao redor, bem como da Cordilheira dos Andes é espetacular! O quarto charmoso, o café da manhã e o atendimento carinhoso e profissional fizeram a nossa estadia ser maravilhosa.
Depois de encarar a trilha para chegar no Monte Fitz Roy, o carinho com que fomos atendidos, em especial com a canja quentinha que nos foi servida na janta depois da aventura de tantos quilômetros, aqueceram nosso corpo e nossa alma!
Sem falar que, no dia seguinte, tudo que podíamos querer era aproveitar o spa do hotel, com massagens e uma ótima área para relaxar. Todos os ambientes do hotel foram especialmente concebidos para cada um dos diferentes momentos do dia.
Você também pode desfrutar de iguarias típicas da Patagônia e pratos internacionais no restaurante da casa. O bar serve uma grande variedade de bebidas, incluindo vinhos argentinos e drinks excelentes. Todos os detalhes estão no site do hotel: https://loscerrosdelchalten.com.ar/
Michel e Caroline, foi incrível conhecer vocês, agradecemos muito!
Contatos
Esta é uma série de postagens sobre a viagem que o Viajante Maduro realizou pela Patagônia Argentina e Chilena, além de Buenos Aires e Mendoza, de janeiro a março de 2022. A viagem foi feita de carro e levou 50 dias, percorrendo mais de 11 mil quilômetros.
Confira as outras matérias sobre nossa Road Trip pela Patagônia
-
Tudo o que você precisa saber para viajar para a Argentina e Chile em 2022: Exigências Sanitárias
-
Hotel Club Francês – Maravilhosa opção de hospedagem na Cidade de Buenos Aires
-
O que fazer em Buenos Aires – Argentina: algumas dicas para aproveitar 3 dias na cidade
-
CHECKLIST: Documentos e Equipamentos para Viajar de Carro pela Argentina
-
Patagônia Argentina – Início da viagem: Puerto Madryn, Trelew, Gaiman e Punta Tombo
-
Comodoro Rivadávia, Rocas Coloradas + Rada Tilly – Patagônia Argentina
-
El Calafate – Perito Moreno e Los Glaciares | Patagônia Argentina
-
Parque Patagônia Argentina – Parque Cueva de Las Manos e Tierra del Colores
-
Villa La Angostura – Patagônia Argentina – A cidade das Flores
-
San Patricio del Chañar – Província de Neuquén | Vinícolas da Patagônia Argentina
-
Labirinto – El Hoyo (Província Chubut) e El Bolsón (Província de Rio Negro) – Patagônia Argentina
-
Dicas preciosas do que fazer em Bariloche – Patagônia Argentina
-
Las Leñas e Valle Hermoso – Município de Malargüe – Província de Mendoza
-
Enoturismo em San Rafael e Finca La Carmelita – Província de Mendoza
-
Parque Vía Christi – Junín de Los Andes – Província de Neuquén | Argentina
-
Enoturismo em Luján de Cuyo, Província de Mendoza – Argentina
-
Descubra San Martín – Novo Destino Enoturístico de Mendoza | Argentina
-
TOP TEN – O melhor da viagem pela Patagônia e Mendoza – Argentina
Importante:
O Viajante Maduro viaja como ideal de vida e profissão.
A opinião aqui expressa é a nossa verdade!
Esta matéria contou com a produção textual da publicitária Alexandra Ungaratto e com a colaboração da futura publicitária Lúcia Fávero Moraes.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, no Youtube e no Instagram. Também aproveita e te inscreve aqui no blog, cadastra teu e-mail, assina e depois, quando receber o e-mail em sua caixa de mensagens, confirma! Isso é super importante para a gente! Estímulo para continuarmos com este blog. Agradecemos!
Esperamos que tenham gostado desta postagem, que teve sua elaboração feita com muito carinho e atenção. Queremos compartilhar nossas experiências com o objetivo de ajudar aos nossos leitores a terem experiências e vivências memoráveis em suas viagens, como nós.