Há poucos dias eu conversava com meu parceiro de vida e de viagens, o Rômulo, sobre meu desejo de conhecer este país e cheguei a planejar uma viagem de carro, partindo pelo Brasil, seguindo pela Argentina, Peru, Equador e Colômbia. Momentaneamente, desistimos da viagem, já que a distância inviabilizava a mesma, dado o tempo que temos disponível. Foi aí que recebi um surpreendente e-mail, da Editora Contexto, nos ofertando o livro e solicitando que fizéssemos uma resenha do mesmo. Não pensamos duas vezes! O aceite veio na hora e, após a leitura do mesmo, temos a forte convicção de que, assim que possível, iremos conhecer este encantador e renovado país.
TRAUMANN, Andrew. Os Colombianos. São Paulo: Contexto, 2018. 208 p.
O livro “Os Colombianos”, do brasileiro Andrew Traumann, nos conduz a uma viagem no tempo, na geografia, e analisa o povo que formou esse país vizinho do Brasil, que merece um novo olhar de nós, os brasileiros.
Muitos ainda imaginam que o narcotráfico, as Farc, enfim, a violência impera nesse belo e instigante país, mas a Colômbia vive um novo momento, onde o turismo se estrutura como uma importante atividade econômica.
Traumann, historiador, professor do Centro Universitário de Curitiba, é admirador confesso da Colômbia, para onde viaja com frequência, em seu livro nos leva com maestria e precisão em uma viagem literária que deveria preceder uma viagem física por este país.
No primeiro capítulo, presta um grande serviço, qual seja, desconstrói estereótipos que construímos à distância sobre os colombianos. Em seguida, apresenta a formação geográfica e étnica deste país, logo apresentando as três principais cidades: Bogotá, Medellín e Cartagena das Índias. De grande valia, a apresentação do “mais bem falado” espanhol do mundo, com seus ditos e expressões populares.
O autor ainda nos permite fazer uma imersão na forma em que vivem “e como se divertem” os colombianos, destacando, inclusive, os concursos de misses, os esportes, músicas, novelas e festas. A arte da Colômbia também é apresentada e, após a leitura, permite-nos entender alguns de seus personagens de renome mundial, como Gabriel García Márquez, Fernando Botero e Shakira, mas o autor vai além e conhecemos outros excelentes autores, músicos, bem como o cinema que vem se desenvolvendo.
Para compreender o país é fundamental entender a sua valorização da família, mas também a demora em aceitar e inserir com plenos direitos as mulheres e gays, por exemplo. Se a Colômbia pode ser considerada um país conservador? Sim, em muitos aspectos, como na religião, mas em muitos outros vem se modernizando e se abrindo. É o que se percebe com a economia, por exemplo, que conseguiu reduzir o índice de pobreza de 50%, em 2002, para 28%, em 2016, sendo que o reconhecido café continua contribuindo com este desenvolvimento, além do petróleo, mineração e extração de esmeraldas, configurando a Colômbia como a maior produtora desta pedra.
E o que vai pedir na Colômbia? Empanadas, arepa, tamal, bandeja paisa, acompanhadas de cola & pola (peculiar mistura de cerveja com refrigerante de cola) ou de um café? A culinária da Colômbia é riquíssima e diversa e o autor nos apresenta com objetividade seus valores e particularidades.
Se até aqui o livro lhe despertou interesse, cabe afirmar que os mais interessantes capítulos são os três últimos, que tratam do narcotráfico, da história e da violência que marcou a Colômbia. Não há anjos nem demônios e o autor é muito imparcial ao apresentar esta verdade que acompanha traficantes e políticos do país. Além de Pablo Escobar sua forma de agir, ‘plata o plomo’ (dinheiro ou chumbo), passando por outros traficantes, entende-se melhor o contexto econômico, político e violento da Colômbia.
De Simón Bolivar a Álvaro Uribe, personagens com os seus acertos e equívocos, o autor apresenta a história da independência da Colômbia do reino da Espanha, até a formação de governos, centrados nos partidos conservador ou liberal, até os dias de hoje, onde os Estados Unidos sempre tiveram importante e decisiva presença na Colômbia, inclusive na compra da cocaína, por parte dos usuários que formam o maior consumo do mundo, e, por outro lado, no financiamento, por parte do governo norte-americano, da luta contra o narcotráfico. Antagonismos e contradições muito bem apresentados pelo autor.
Se você viajou ou pretende viajar para a Colômbia, você deve ler este livro.
Se você gostaria de entender melhor a formação da América Latina, você deve ler este livro.
Se você se interessa por história e andou vendo as últimas séries sobre o narcotráfico da Colômbia, você deve ler este livro.
Enfim, este livro é uma espetacular radiografia do passado e da atualidade desse encantador país, que é a Colômbia.
Importante:
O Viajante Maduro viaja como ideal de vida e profissão.
O livro foi um presente da Editora Contexto: https://editoracontexto.com.br/ e faz parte da Coleção Povos & Civilizações.
A opinião aqui expressa é a nossa verdade! As fotos são da Editora Contexto , do Procolombia e Colombia.Travel.
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