Já havíamos visitado a Toscana, mais de uma vez, mas nunca nos interessamos por conhecer Pisa. Até que, estando no Marrocos, pesquisamos os voos para a Itália e o de melhor valor e, ainda, direto, ligava Marrakesh a Pisa. Sendo assim, aproveitamos para conhecer essa cidade, mas sem grandes expectativas. Pensava que só existia a ‘torre torta’ e pronto. Mas nos surpreendemos positivamente! E aproveitamos bem nossa estadia por aqui. Então compartilhamos com vocês um roteiro bem bacana para aproveitar bem a cidade, caminhando a pé!
Roteiro para fazer em um dia:
Praça dos Milagres
(Campo Dei Miracolli)
O Campo Dei Miracoli (Praça dos Milagres), em Pisa, foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1987 e é composto por ícones arquitetônicos antigos, como a Torre de Pisa (em verdade, um campanário que cedeu por questões geológicas), a Catedral (Duomo), o Batistério e o Campo Santo. Realmente, vale muito pagar os 10,00 Euros para visitar todos estes lugares, incluindo dois museus. Só não pagamos mais 17,00€ para subir a torre, já que sua beleza está mais no lado externo.
A seguir, breves comentários acerca dessas obras que visitamos, além do Museu da Obra da Catedral.
Torre de Pisa
A Torre de Pisa é o Campanário da Catedral de Pisa (Duomo), todo de mármore, que se situa atrás da Duomo, tendo sido iniciada a sua construção no ano de 1170 e foi concluída na segunda metade do século XIV.
Sua inclinação, iniciada ainda quando da construção que foi realizada em etapas, deve-se à fragilidade do terreno sobre o qual foi construída. A Torre de Pisa é um exemplo de algo que deu errado e que se tornou uma grande atração turística.
Catedral de Pisa
(Duomo de Pisa)
A Duomo di Pisa é dedicada à Virgem Maria, sendo a sede da Arquidiocese de Pisa. A sua construção, toda de mármore, foi iniciada no ano de 1064, tendo sido suspensa e só concluída em razão do imperador bizantino e, em 1118 ela foi consagrada pelo Papa Gelásio II.
Chama a atenção o fato de que o estilo desse Duomo incorporou tradições clássicas, árabes, lombardas e bizantinas, sendo, então, caracterizado como uma versão toscana do estilo.
Batistério
O Batistério de Pisa, cuja construção iniciou em 1152, fica ao lado da Catedral, e faz parte do complexo construtivo da Praça dos Milagres.
O seu exterior é muito belo em estilo romano e gótico, mas seu interior é praticamente desprovido de ornamentos – no centro tem a fonte em forma octogonal com uma estátua de São João Batista.
Nossa visita foi marcante, pois quando lá estávamos, um músico adentrou perto da fonte e emitiu sons musicais, os quais geraram lindos ecos que se estenderam por vários segundos – foi lindo e emocionante.
Campo Santo
(Camposanto Monumentale)
O Camposanto Monumentale foi o quarto e último a ser construído na Praça dos Milagres. Sua construção começou em 1278, tendo sido concluída em 1464.
Ele possui uma coleção de sarcófagos romanos, restando, hoje, apenas 84. As paredes possuíam afrescos, que foram aplicados entre os séculos XIV e XVII, que foram severamente danificados, junto com as estátuas e sarcófagos, em bombardeio na Segunda Guerra Mundial.
Reza a lenda que o Camposanto foi construído sobre terras que foram trazidas diretamente de Jesusalém, onde Jesus Cristo foi crucificado.
O Camposanto possui três capelas: Capela Aulla, Capella Dal Pozzo e Capela Ammannati. Visitamos somente a Capella Dal Pozzo, construída em 1594, que possui um altar em uma pequena cúpula dedicada a São Jerônimo. O que chama a atenção nessa capela é que ela possui grandes relíquias religiosas, dentre os quais um espinho que foi colocado em Jesus Cristo, um pedaço da cruz, um pedaço da roupa da Virgem, partes de peças de 11 apóstolos, etc. – foi emocionante visualizar essas relíquias.
Museu Da Opera Do Duomo
(Museu Da Obra Da Catedral De Pisa)
O Museu foi inaugurado em 1986 e possui tudo o que pertencia à Catedral (Duomo), ao Batistério e às Igrejas de Pisa. Ele é composto de inúmeros objetos e painéis com arabescos de mármores e capitéis dos séculos XII e XIII. Também existem obras feitas por artistas islâmicos, além de inúmeras estátuas dos séculos XIII e pinturas do século XV ao XVIII.
Café Panorâmico “The Secret View”
Depois de nos deleitarmos com essas obras, tomamos um café na melhor vista que poderíamos ter deste conjunto. O Café Panorâmico “The Secret View” fica na parte superior do Museu da Opera do Duomo. Vale tomar uma bebida ou fazer um lanche e curtir o melhor ângulo da Praça e da famosa Torre.
Piazza dei Cavalieri
Essa Praça, menos visitada do que a dei Miracolli, possui um importante acervo de prédios históricos e está localizada em uma área universitária, com mais movimento de locais.
A Piazza dei Cavalieri foi revitalizada em 1558, obra comandada por Cosimo e realizada por Giorgio Vasari, organizando os prédios medievais pré-existentes às novas obras.
Marcam o conjunto o Palazzo della Carovana (1562-64), a igreja de S. Stefano dei Cavalieri (1565-69), o Palazzo della Canonica (1566), o Palazzo del Consiglio dei Dodici (1603), o Palazzo Puteano (1594-98) , a igreja de S. Rocco (1575), o Palazzo dell’Orologio (1605-8) e a estátua de Cosimo I (1596) de Pietro Francavilla.
A área foi o centro político e administrativo da cidade durante a Idade Média, bem como local de ferreiros e fábricas de ferro.
Corso Itália e Rio Arno
Aproveitando nosso dia por aqui, fomos caminhar pelo agradável Corso Itália, uma via de pedestres, com prédios históricos e bonitas lojas. Nos deliciamos com o maravilhoso sorvete da La Borsa Caffe e Gelateria. Caminhamos até a Estação de Trens, para comprar o bilhete que nos levará para La Spezia, de onde partiremos por um tour pelas Cinque Terre e voltamos ao hotel para nos prepararmos para o jantar.
Dica de onde Jantar
A melhor dica que recebemos do recepcionista do hotel Di Stefano. Ricardo nos indicou o Ristorante e Pizzeria La Clessidra, que significa ampulheta. Fica em um lindo prédio histórico, com jardim interno. Comemos uma excelente ‘pasta’ e degustamos um bom vinho local. Local lindo, ótimo serviço, bons preços e excelente comida. Indicamos!
Dica de Hospedagem
Um bom lugar para se hospedar é o Hotel Di Stefano, simples, mas muito agradável, limpo e com bom café da manhã, e localizado nas proximidades dos atrativos acima citados. Fizemos tudo a pé e foi assim que bem aproveitamos essa bela cidade.
Importante:
O Viajante Maduro viaja como ideal de vida e profissão.
A opinião aqui expressa é a nossa verdade!
Esta matéria contou com a colaboração da publicitária Lúcia Fávero Moraes.
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Esperamos que tenham gostado desta postagem, que teve sua elaboração feita com muito carinho e atenção. Queremos compartilhar nossas experiências com o objetivo de ajudar aos nossos leitores a terem experiências e vivências memoráveis em suas viagens, como nós.
