Sob o Sol da Toscana – Itália

Sob o sol da Toscana! Esse filme evoca tantas emoções!

Assim como outras obras cinematográficas, como Cartas para Julieta, De Encontro com o Amor, Beleza Roubada, O Paciente Inglês, Cópia Fiel e até o emocionante A Vida é Bela, entre tantos outros.

Nosso imaginário está povoado de belas imagens das estradas toscanas ornadas por cipestres, dos campos de trigais, olivais e vinhedos, das cidades históricas, torres e castelos.

Nem todo imaginário se transforma em experiência, já que muitos lugares estão sobrecarregados pelo turismo, mas, quando nos aventuramos um pouco mais e saímos do circuito mais badalado, conseguimos viver a verdadeira essência da Toscana.

Assim, em nossa última parada na Itália, fomos para Toscana mais uma vez. Amamos esta região!

Toscana está localizada na região central da Itália e possui em torno de 4 milhões de habitantes, fazendo limites com a Ligúria, Emília-Romagna, Marcas, Úmbria e Lázio.

Como já conhecíamos Florença, Siena, Montepulciano, Prato, Fiesole e Lucca (estivemos em 2017 – tem post no blog) e tínhamos estado, ainda nesta viagem, em Pisa, optamos por visitar outras pequenas cidades que apresentaremos neste post.

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 Vivenciando SAN GIMIGNANO 

San Gimignano (Toscana – Itália) é um município encantador, exemplo de urbanística medieval.

Ficamos hospedados aqui, em um agradável agriturismo, Antico Borgo il Cardino, onde fomos muito bem recebidos. Tínhamos um pequeno apartamento, com uma área exclusiva, onde serviam nosso café da manhã.

Essa comuna é famosa principalmente por suas 14 torres atualmente existentes, pois existiam mais de 70 torres erguidas, construídas entre os séculos XI e XIII por famílias rivais como símbolo de poder nos conflitos territoriais da Idade Média, ou seja, quanto maior a riqueza, maior a torre. A mais alta é a Torre Grossa.

Fizemos questão de saborear um sorvete na famosa Gelateria Dondoli, que fica na Piazza dela Cisterna. A Dondoli é uma das sorveterias mais importantes do mundo graças à experiência do Mestre Sorveteiro Sérgio, que criou inúmeros sabores originais e peculiares. Tivemos a alegria de gravar uma pequena mensagem do Mestre Sérgio para os seguidores do Viajante Maduro (está no Instagram).

Passeamos pelas belas e harmônicas ruelas de San Gimignano, que foram construídas bem antes do descobrimento do Brasil.

O custo do ingresso para visitar os museus locais é de 13,00 euros e inclui a Torre Grossa, o Medieval Vertigo, o Museu Civico, a Pinacoteca, o Duomo, o Museu d’Arte Sacra e San Lorenzo in Ponte. Mas pode ser que prefiras ficar flanando pelas ruas, admirando os belos restaurantes e cafés e as várias lojas de artesanato e belas roupas.


Descobrindo COLLE DI VAL D’ELSA 

Para chegarmos em nosso hotel, localizado em San Gimignano, onde fizemos base na Toscana,  passamos por uma comuna que, imediatamente, nos chamou a atenção, que é Colle di Val d’Elsa, localizada a 15 km de San Gimignano e a 12 km de Monteriggioni.

Ela é conhecida como a “Cidade de Cristal”, pois é responsável pela produção de 15% da produção mundial dessa pedra.

Embora ela não tenha a fama de muitas cidades da Toscana, ela nos encantou. Possui em torno de 20.000 habitantes e surgiu no século X, começando seu desenvolvimento no século XII.

Como era dia de votação (referendo) na Itália, e como chegamos no início da manhã, muitos estabelecimentos estavam fechados. Por isso, visitamos a sua Catedral (Duomo di Colle di Val d’Elsa; Co-catedral de Santi Alberto e Marziale), cuja construção iniciou em 1603, no local da antiga igreja paroquial de San Salvatore, ampliada no século XII.

Também visitamos a singular Chiesa de Santa Maria in Canonica, um prédio construído no início do século XII, que possui uma obra-prima impactante que é a uma pintura do século XI de Pier Francesco Fiorentino, representando a Madona e o Menino Jesus com os Santos João Batista, Lorenzo, Marco e Nicola.

Passeamos por aquelas ruas da cidade antiga, tomamos um café e água em um belo local, saímos admirados com aquela pequena comuna italiana, nem tão conhecida como outras que visitamos.

Existem muitos outros pontos de interesse a serem visitados e admirados, como a Porta Volterrana (que admiramos), Il Baluardo, Museu do Cristal, Piazza Arnolfo di Cambio (por onde também caminhamos), Chiesa de San Francesco, Museu Cívico e Diocesano de Arte Sacra, diversas outras igrejas, etc.


Vivenciando MONTERIGGIONI 

Monteriggioni, pequena comuna com em torno de 8.000 habitantes.

Essa foi dica dos seguidores. E lá fomos!

A cidade ainda mantém quase a mesma estrutura da época de sua construção. Suas muralhas de pedra e as suas 14 torres foram imortalizadas no Dante Alighieri, na sua Divina Comédia, como alegoria ao abismo mais profundo do mundo, em Inferno: “sobre o muro arredondado, Monteriggioni é coroada por torres, então na margem infernal que o fosso circunda, guerreavam os terríveis gigantes, apenas com a metade de seu corpo encouraçado“.

Fizemos uma rápida passagem por Monteriggioni, onde visitamos a Igreja de Santa Maria Assunta, cujo prédio foi construído entre 1213 e 1235.

Passeamos pela praça, caminhamos pelas ruas e portais da cidade e continuamos nosso roteiro.


Vivenciando BUONCONVENTO 

A Ivane descobriu que, a uns 80 km de nosso hotel, havia um local natural muito acorrido para fotografias.

Então, de Monterrigioni fomos para esse local, passando por estradas vicinais que margeiam inúmeras comunas.

Em uma dessas passagens, nos chamou a atenção a cidade murada de Buonconvento que, com um perfil de planície, nos chamou a atenção. Então, estacionamos e entramos na cidade murada.

Para a nossa surpresa, havia um evento comunitário com um almoço. Então, resolvemos participar e fomos comer. Sentimo-nos em casa, pois aquele burburinho alegre e descontraído no almoço, com as pessoas comendo, bebendo, conversando e rindo, nos lembrou os encontros comunitários da Serra Gaúcha. Ficamos muito felizes em participar daquele encontro.

Buonconvento é uma comuna italiana com cerca de 3.500 habitantes, com a cidade histórica com a sua muralha construída entre 1371 e 1385, para proteger as casas do borgo. O seu nome vem do latim “bônus conventos”, ou seja, lugar feliz. Ela foi declarada no clube dos “Borghi piu belli d”Italia” – portanto, foi declarada um dos burgos mais bonitos da Itália.

Após o lauto almoço regado a água e vinho, fomos conhecer a Chiesa de San Pietro e Paolo, cujo prédio foi fundado provavelmente em 1103, como atesta uma pedra colocada no lado esquerdo da fachada. Foi reconstruído no século XIV e renovado entre 1702 e 705.

Alguns lugares de Buonconvento que se pode conhecer que são o Museo di Arte Sacra, Museo dela Mezzadria, Castelnuovo Tandredi Estate, Igreja Paroquial de Santa Innocenza em Piana, Palazzo Podestarile, Sítio Arqueológico de Santa Cristina, Igreja de San Lorenzo a Percenna, etc.


Vivenciando VOLTERRA 

Visitamos Volterra, uma comuna com em torno 12.000 habitantes. Sua origem é antiquíssima, século IX a. C., quando surgiram os primeiros povoados etruscos.

Aqui caminhamos pela cidade que recebeu o título de Primeira Cidade Toscana da Cultura e possui um centro histórico, em uma cidade murada, com vários museus (boa parte com pagamento)

Reconhecida pelo trabalho em Alabastro, uma pedra branca ou clara, parecida com o mármore, mas que é mais maleável e absorve mais a água

Nos deparamos com o impactante Teatro Romano, que o admiramos de cima do restaurante onde fomos comer uma pizza.

Há ainda o Palazzo Dei Priori, a Pinacoteca e Museu Cívico, o Museu Etrusco Guarnacci, a Acrópole Etrusca,

Visitamos o Palácio Viti, uma Casa Museu, uma das mais belas residências privadas da Itália, com 12 salas abertas ao público, amplamente decoradas, com móveis, quadros, porcelanas e belíssimas obras em alabastro, da Itália e de outros países/continentes, do período de 1400 a 1900. Foi incrível visitarmos e sentirmos que voltamos no tempo de ouro desta família que fez fortuna produzindo e vendendo peças em alabastro pelo mundo, inclusive na América Latina. Ficamos impressionados com a pintura de Vitti atravessando a Cordilheira dos Andes, vendendo alabastros. O custo para visitar o Palazzo Viti é de 5,00 euros

E lá mesmo dividimos uma pizza em um restaurante imenso, localizado no subterrâneo do Palácio, onde há um jardim delicioso e uma vista para o Teatro Romano. O custo para visitar 5 dos museus é de 15,00 euros.


Vivenciando CERTALDO

Certaldo possui em torno de 16.000 habitantes (a parte alta é onde se encontra a cidade histórica, e se sobre por meio de “funicular”) e é conhecida por ser a cidade onde teria nascido e morreu Giovanni Boccaccio, ensaísta, crítico e escritor. Foi Boccaccio quem renomeou a obra de Dante Alighieri, de “A Comédia” para “A Divina Comédia” – ele era um especialista na obra de Dante.

Aqui encontramos o museu da casa de Boccaccio, onde se presume que ele tenha nascido em 1313 e vivido até sua morte em 1375. Aqui, além do mobiliário antigo, há um centro de estudos e uma preciosa biblioteca que preserva várias edições do Decameron, de Boccaccio.

Também no centro histórico está a Igreja das SS. Michele e Jacopo, onde entramos e que hospedam os restos mortais do romancista

Vale a pena conhecer o Palácio Pretoriano, símbolo da cidade medieval, o Museu de Arte Sacra e o parque ecológico Canonica hill Park.

Nos chamou a atenção o Museu del chiodo (prego), que coleta utensílios e pregos de todas as épocas. Infelizmente, ele encontrava-se fechado.


Importante:

O Viajante Maduro viaja como ideal de vida e profissão.

A opinião aqui expressa é a nossa verdade!

Esta matéria contou com a colaboração da publicitária Lúcia Fávero Moraes.

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Esperamos que tenham gostado desta postagem, que teve sua elaboração feita com muito carinho e atenção. Queremos compartilhar nossas experiências com o objetivo de ajudar aos nossos leitores a terem experiências e vivências memoráveis em suas viagens, como nós.