Para viajar basta existir.
Fernando Pessoa
Conhecer Lisboa é uma obrigação, mas não se ater aos locais com fluxo turístico massificado é uma dica fundamental. Outra sugestão é: não opte pela alta estação. Ou seja, se possível, não vá nos meses de julho ou agosto, quando há um volume excessivo de turistas e poucos moradores locais, ou seja, encontrarás pouco da cultura local e o atendimento deixará a desejar. Diria que o ideal é ir no outono ou na primavera da Europa, mas o inverno não é má opção, já que em Portugal não faz muito frio, em geral, durante o dia, no centro e no sul do país, a temperatura gira em torno dos 15° em boa parte do período.
No nosso caso, dividimos a estada em Lisboa em dois momentos. No início de nossa viagem pela Europa e no final. Ocorre que o bilhete mais vantajoso era o de ida e volta Porto Alegre – Lisboa. Na chegada, ficamos dois dias, para conseguirmos melhor tarifa e disponibilidade de voos para Milão. Assim, começamos nosso passeio com a hospitalidade lisboeta e, principalmente, de nossos amigos Jose e Susana, que nos receberam no aeroporto e acompanharam em algumas visitas.
Já havia feito a reserva no B&B Casa Oliver Príncipe Real, localizada na Praça do Príncipe Real, num edifício histórico renovado com quartos com design moderno, janelas amplas e acesso Wi-Fi gratuito. Percebe-se o cuidado em todos os detalhes e o espaço otimizado. Nosso quarto não foi o melhor (promoção), pois ficava próximo à entrada e à lixeira do prédio, mas, ainda assim, silencioso e muito bem otimizado. Com certeza, indicamos esta opção de hospedagem, pois a localização é excelente (junto ao Bairro Alto) e o atendimento muito cordial (até me ofereceram dois pasteis de nata, para levar, quando perceberam que eu não havia comido nenhum no café da manhã). A hospedagem ficou no limite de € 50,00 por dia o casal que havíamos nos estabelecido. O café da manhã é pago à parte, € 9,00 por pessoa, mas vale a pena (tomamos em só um dia).
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Com o guiamento do amigo Jose, fomos almoçar, já na chegada a Lisboa, no Aura, localizado na Praça do Comércio, mais conhecida por Terreiro do Paço. Optamos pelo prato do dia, no espaço mais informal (interno), mas nos agradaram também as mesas na calçada. Bem, um peixe com arroz de tomate, uma taça de vinho branco e já nos sentimos em Lisboa. O preço é razoável e o local está aberto diariamente para almoço e jantar.
De lá, uma caminhada pelo Centro. Já conhecíamos os pontos mais tradicionais, mas me encantei ao conhecer a proposta do Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, com a magia do circo, aliada a uma estratégica decisão, estampar o ano de nascimento dos possíveis clientes. Você adquire uma lata de sardinha marcada com o ano do seu nascimento ou de seus afetos, ou outro ano significativo que entender. Virou um sucesso e vende muitas latinhas de sardinha, pois oferece encantamento.
À tarde, fomos caminhar pelo Bairro Chiado, ver os mercados de Natal, nos encantar com as ruelas e seus históricos prédios e lindas lojas. Logo após um breve descanso, fomos comprar os casacos para enfrentar o frio dos próximos destinos (Itália e França). Conseguimos descontos de quase 60% no “Il Corte Inglês”, aproveitando a época dos “saldos”. À noite, fomos caminhar pelo Bairro Alto e suas ruelas repletas de excelentes restaurantes. Sem buscar indicações, já que procuramos nos encantar com o “descobrimento” de novos locais, seguindo nossa intuição em alguns casos. Optamos pelo simpático e histórico Restaurante Farta Brutus, que atende, desde 1904, no mesmo endereço, na Rua da Espera, no coração do Bairro Alto, em Lisboa. Entre seus clientes assíduos, o grande José Saramago e muitos brasileiros, como o Cacá Diegues, que montou seu escritório aqui, durante a gravação de seu último filme O Grande Circo Místico! Ambiente agradabilíssimo, bons vinhos e excelentes doces! Não acertamos no pedido do Bacalhau à Brás, mas ainda assim super valeu a pena. Vale pedir a dica do Chef nestes momentos.
No segundo dia fomos conhecer o Museu Nacional dos Coches e nos impressionamos com as suntuosas carruagens, dos séculos XVI a XIX, na sua maioria provenientes da Casa Real Portuguesa, da Igreja e de coleções particulares, permitindo “ao visitante a compreensão da evolução técnica e artística dos meios de transporte de tração animal, utilizados pelas cortes europeias até ao aparecimento do automóvel”, como informa o site do Museu.
No edifício novo estão expostas 70 viaturas, sendo a mais antiga do século XVI e a mais recente uma Mala-Posta do século XIX. Mais informações: http://www.patrimoniocultural.pt/pt/museus-e-monumentos/rede-portuguesa/m/museu-nacional-dos-coches/
A seguir, nos rendemos ao convite de nossos amigos e fomos tomar um café e comer o famoso ‘Pastel de Belém’. Sim, entenda que somente na Casa Pastéis de Belém, desde 1837, se come esta iguaria. Nas demais casas, e são centenas, se come o Pastel de Natas. São similares, sim, mas não são iguais.
Particularmente, eu duvidava disso e não havia sido, ainda, conquistada pelos famosos ‘pasteis’ de Portugal. Mas, ao provar o doce ‘oficial’, me rendi à a crocância da sua massa, a suavidade de seu recheio… hum! Vale visitar a belíssima e histórica casa e, aposto, vais te render também à antiga receita do Mosteiro dos Jerônimos. Veja mais em http://pasteisdebelem.pt/
Na fábrica dos Pastéis de Belém, tudo começa na escolha criteriosa dos ingredientes que são confeccionados através de processos artesanais. Diariamente os nossos Mestres recriam na “Oficina do Segredo”, o creme e a massa folhada que darão origem aos nossos Pastéis.
Seguimos caminhando até o Mosteiro São Jerônimo, visitamos a suntuosa e introspectiva Igreja, passamos pelo Museu da Marinha e nos encantamos com os versos de Fernando Pessoa.
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Fernando Pessoa
O almoço ligeiro foi no Restaurante Este Oeste Pizza Sushi Café, uma pizza (individual) dividida por dois e um chope. O lugar tem um visual fantástico do Marco dos Descobrimentos, um ambiente descolado, com bons preços. Vale a dica!
Nos atemos visitando a Coleção Bernardo 1960 – 1990, no Museu de Arte Moderna e Contemporânea, com obras de expoentes como Modigliani ou jovens artistas, passando por diferentes períodos e manifestações da arte moderna no mundo.
Após, seguimos caminhando, já que todas estas atrações se encontram no mesmo bairro, sempre à beira do RioTejo, muito próximas, até o Monumento Padrão dos Descobrimentos. De autoria do arquiteto Cottinelli Telmo (18/97 – 1948) e do escultor Leopoldo de Almeida (1898 – 1975), foi erguido pela primeira vez em 1940, mas com materiais perecíveis. Após, em 1960, por ocasião da comemoração dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique, é reconstruído em betão e cantaria de pedra rosal de Leiria, e as esculturas em cantaria de calcário de Sintra.
“O Padrão dos Descobrimentos evoca a expansão ultramarina portuguesa, sintetiza um passado glorioso e simboliza a grandeza da obra do Infante D. Henrique, o impulsionador das descobertas”. Uma caravela estilizada parece lançar-se ao mar, levando à proa o Infante D. Henrique e alguns navegadores, cartógrafos, guerreiros, colonizadores, evangelizadores, cronistas e artistas. Características técnicas: Altura – 56m; Largura – 20m; Comprimento – 46m; Fundações – 20m. Figura central (Infante) – 9m Figuras laterais (32) – 7m. Mais informações: http://www.padraodosdescobrimentos.pt/pt/monumento/
Após um breve descanso, nos encontramos com amigos portugueses para jantar no Mercado Ribeirinha, ou Time Out Market. Todo remodelado, convidou os grandes chefs portugueses para ocupar o grande espaço gastronômico, repleto de distintas opções.
Optamos por pedir diversos petiscos e prová-los em conjunto. Fomos brindados com o Vinho Seleção Alentejo, presente do Presidente da Câmara (Prefeito) José Calixto e seu Vice, Manuel Janeiro.
Em seguida, fomos assistir ao Espetáculo de Ano Novo, com o Coro da Universidade de Lisboa, na Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro. Encantamo-nos com a vibração do maestro.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.Luís de Camões
Agradecemos pela hospitalidade dos amigos. Em breve, teremos mais novidades!
A viagem não conta com patrocínio, nem há qualquer conflito de interesse. A opinião expressa aqui é a nossa verdade.
IMPORTANTE:
A opinião aqui expressa é a nossa verdade! A autoria das fotos é de Ivane Fávero, com exceção das fotos com autoria mencionada.
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