Turismo do Vinho: Cinco Passos para Desenvolver o Enoturismo

Todos sabem que somos viajantes que apreciam e conhecem destinos enoturísticos. Como estudiosa do tema, elaborei cinco passos para desenvolver o enoturismo em uma vinícola. Atento para o fato de que a mesma ‘receita’ também serve para outros segmentos do turismo. Espero que apreciem a leitura!

Originalmente publicado em http://hartmannburmeister.com.br/turismo/enoturismo-vinicola/ . Grata, Juliana Rebellatto Locatelli pelo convite para publicar em vosso site.

 

Cinco Passos para Desenvolver o Enoturismo em uma Vinícola

 

É inegável e perceptível que o enoturismo é uma das melhores estratégias de marketing para uma vinícola, principalmente se ela for de pequeno ou médio porte. Atrair o potencial cliente para a empresa e, neste momento, apresentar não somente os aspectos tangíveis (estrutura, localização, vinhos), mas também os valores intangíveis (história, aromas, sabores, emoções), tem uma força que nenhuma outra estratégia consegue alcançar. Podemos conquistar a tão sonhada venda direta ao consumidor, sem atravessadores, com melhores lucros, e, mais do que isso, se trabalharmos corretamente podemos educar e fidelizar o consumidor.

Mas, como implantar a atividade enoturística em uma vinícola? Aí vão cinco passos fundamentais:

  1. Primeiramente, tenha a consciência de que terão que alterar os dias de atuação na empresa. Se a produção se desenvolve nos dias úteis da semana, o enoturismo tem seu forte nos finais de semana e feriados. Se os diretores, família, trabalhadores, enfim, os envolvidos, concordarem em trabalhar nestes dias, siga em frente. Parece óbvio, sim, mas muitos investimentos ficaram sem retorno porque não atenderam os clientes nos dias em que haveria maior possibilidade de atrair enoturistas.
  2. Estruture a empresa para o receptivo. Uma coisa é atuar na agricultura (viticultura), outra coisa é atuar na indústria (vinicultura) e outra, bem distinta das anteriores, é atuar nos serviços (enoturismo). Há que se pensar que, além do dinheiro desejado do enoturista, há que se receber ele, uma pessoa com sonhos, desejos e expectativas. A estrutura não precisa necessariamente de um grande investimento. Importante uma orientação para construir um projeto competitivo.
  3. Não oferte ‘mais do mesmo’. Se for para fazer o trinômio ‘visitação + degustação + varejo’, nem prossiga. Se for desenvolver o enoturismo, defina qual a experiência que o visitante terá em sua visita e crie uma vivência a mais original possível. Leve em consideração o lugar onde a vinícola está inserida, sua história familiar, o perfil do turista que deseja atrair, e terá muito mais chances de êxito!
  4. Tenha presente que será necessário estabelecer parcerias com outras empresas e pessoas. O turismo é uma atividade coletiva e dificilmente uma empresa se desenvolverá sozinha. O turista não viaja para visitar uma empresa, ele viaja para visitar um destino. Fundamental esta compreensão para que a vinícola saiba que precisará trabalhar com a oferta turística local, construindo juntos a competitividade do destino turístico.
  5. ‘O que não é visto não é lembrado’ é uma máxima antiga, mas que continua com muita valia. Também podemos afirmar que ‘ninguém vai para um lugar que nunca ouviu falar’. Certo?!? Bem, parece que para muitos não. Seguem promovendo seus vinhos e esquecem de convidar as pessoas para visitá-los. Neste sentido, entendendo que o ‘mundo mudou’ e hoje, com as pessoas bastante conectadas em seus smartphones, torna-se fundamental a presença digital do empreendimento enoturístico. Deve-se provocar o desejo de viver aquela experiência, evocar emoções, antes mesmo da visita.

Há muito trabalho a ser desenvolvido para que uma vinícola tenha êxito no enoturismo. E isso pode levar alguns anos de ajustes e aprendizado. Fundamental é construir um projeto de curto, médio e longo prazos e trabalhar com afinco. Como diria Walt Disney, “Seja o que for: faça bem feito. Faça isso tão bem feito que, quando as pessoas viram o que você fez, elas vão querer voltar para ver de novo e vão trazer outras pessoas só para mostrar o seu trabalho”. Sucesso e Tim-Tim!!!

Nós praticando enoturismo na Maria Fumaça – Região Uva e Vinho – RS – Brasil. Foto: Lúcia Fávero Moraes

 

Importante:

O Viajante Maduro viaja como ideal de vida e profissão.

A opinião aqui expressa é a nossa verdade! As fotos são do Everson Tavares (brinde) e da Lúcia Fávero Moraes (Maria Fumaça).

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Esperamos que tenham gostado desta postagem, que teve sua elaboração feita com muito carinho e atenção. Queremos compartilhar nossas experiências com o objetivo de ajudar aos nossos leitores a terem experiências e vivências memoráveis em suas viagens, como nós.

A programar sua viagem, utilize os links abaixo. As empresas e serviços aqui indicados foram testados por nós:

Foto: Everson Tavares