Antes de nossa viagem, amigos nos relataram situações de constrangimento, pois os parisienses praticamente só falariam o francês, não vendo com bons olhos a comunicação em outros idiomas. Alguns mencionavam que o francês trata mal os turistas.
Confessamos que estávamos apreensivos quanto a esses contatos, pois nada conhecemos do francês, sabendo precariamente algo do inglês e do espanhol.
No entanto, para a nossa gratíssima surpresa, em todos os contatos que fizemos com os parisienses (pedidos de informação, solicitação de comidas, etc.) houve uma excepcional gentileza deles. Ficamos impressionados que, quando pedíamos alguma informação ou mesmo algum serviço, eles iniciavam a conversa em francês, e, quando percebiam que não conhecíamos o seu idioma, imediatamente comunicavam-se em inglês ou espanhol. Eles sempre tentavam nos entender, de uma forma ou de outra. Teve um dia que procurávamos a forma de chegar ao Museu D’Orsay e não conseguíamos nos localizar. Estávamos em plena Champs Elysèes. Passava por nós uma moça francesa, ela caminhava apressadamente com os fones nos ouvidos, certamente escutando música. Nós a interpelamos buscando a informação sobre a localização do museu. Ela parou, ficou pensando, não conseguia localizar corretamente o museu solicitado, então, tirou o fone dos ouvidos, desligou a música e usou o seu celular para verificar. Assim, ela nos explicou, e, como viu que nosso inglês também não era essas coisas, tentou explicar o trajeto em espanhol. Em resumo, ficamos extremamente impressionados com a moça que, mesmo apressada, parou alguns minutos para, gentilmente, nos indicar o melhor caminho para se chegar ao museu.
Dica para ouvir, enquanto ou após ler este post: Chanson D’Amour. Clique aqui!
Assim, decidimos que os posts sobre Paris não teriam aquela receita básica ‘o que fazer em…’, mas relatariam nosso sentimento ao estar aqui, algumas histórias, experiências vividas (veja nosso post anterior aqui) e, sim, alguns comentários sobre alguns ícones do turismo parisiense. Pois cada um que chega aqui escreverá a sua história, já que a cidade mais charmosa do mundo se abre para diferente scripts. Como gostamos muito de cinema, e tínhamos na memória alguns filmes que nos provocaram visitar juntos a ‘cidade luz’, vamos referi-los ao longo deste texto.
O que mais nos marcou, nesta visita, foi a cidade em si, seus habitantes, seu estilo de vida. Flanar pelas ruas, ouvir termos em francês que se assemelham ao português, ensaiar as ‘palavras mágicas’ do francês e merecer um sorriso por isso.
Aliás, caminhar pelas ruas do bairro que escolhemos para habitar nestes dias, o Montmartre, foi a experiência que mais nos encantou. Mas lembramos da célebre frase de Vitor Hugo “Oh! Bom e honrado solo de Paris! Maldita essa escada que cansaria até os anjos!”
De Paris traga-me a luz da poesia , de Lisboa a música.
Aliás, é neste mesmo bairro que vivemos nossa mais significativa experiência: o Moulin Rouge superou as expectativas. Perfeição, profissionalismo (só tiraria os pôneis e as cobras – não gosto de animais virando espetáculo, não é escolha deles, não é natural). Contamos nossa história sobre essa experiência aqui.
A coisa mais importante que você pode aprender é amar e ser amado em retribuição.
Moulin Rouge
“(…) Eu espero que não se importe, de eu ter colocado em palavras o quanto a vida é maravilhosa agora que você está no mundo.”
Moulin Rouge
A Torre Eifel é um signo de lugar, merece ser visitada, mas muitas vezes provoca a expressão que ouvi do Rômulo ‘é isso?!?!’ Eu indicaria vê-la, pela primeira vez, à noite. É mais charmosa, mais encantadora! Não subimos na Torre, já que não gostamos muito de alturas, mas há quem curta. Mudou muito, desde a última vez que estive aqui, devido às ameaças terroristas a Torre está cercada, infelizmente. Recentemente fiquei sabendo que ela vai ganhar um dispositivo de proteção que inclui um vidro blindado dos dois lados para enfrentar a “ameaça terrorista”, com um investimento de 20 milhões de euros, triste realidade! Quem fotografou ela assim, desnuda, fotografou… No futuro, estará cada vez mais protegida e, também, mais distante.
E tão fácil dizer coisas bonitas em Paris.
A Notre Dame é referência cinematográfica, como não lembrar do ‘Corcunda de Notre Dame’, mas muitas igrejas da Itália são mais lindas, então, após uma overdose de visitas aos templos santos da Itália, não impactou ao Rômulo que a via pela primeira vez. De qualquer forma, vale a visita! Achamos que é mais linda por fora do que por dentro, especialmente quando vista desde o passeio de barco pelo Sena.
O passeio de Barco pelo Rio Sena é experiência que merece ser vivida. Andar sobre o barco possibilita uma visão melhor da cidade. Optamos pelo tradicional Bateaux Mouches, ao custo de EU 15,00 por pessoa, por 2 horas de passeio. Super vale a pena!
Arco do Triunfo e Champs Elysées: imponente, fantástico lembrar das histórias da Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha desfilou sob este marco francês. Aproveite para caminhar, e muito! A rua é charmosa, elegante, repleta de lojas de marcas famosas, ou não tão famosas, com muitos locais se misturando aos turistas.
Clássico. O Musee du Louvre é fantástico! Mas estude o mapa antes de visitá-lo, pois é enorme e repleto de obras. Marque as obras que mais desejas ver e reserve tempo para as coleções da antiguidade dos povos etruscos, gregos, romanos e egípcios …
Também visitamos a Basílica do Sagrado Coração, ou Sacré Coeur, em Montmartre. Alta, imponente, não tão querida pelos parisienses, que não a consideram no estilo de suas construções, mas lotada de turistas. A manhã estava muito fria e a neblina deixava a paisagem com aquele ar de magia. As brumas de Paris!
Nos hospedamos num pequeno mas confortável apartamento em Montmartre, pelo sistema AIRBNB. O anfitrião foi extremamente prestativo e nos ajudou muito com as indicações dos metrôs. Fazíamos o roteiro num bilhetinho, com a ajuda do Jean Leon, incluindo as informações sobre metrô, antes de sair de casa, a cada manhã.
“O passado sempre teve um charme especial pra mim.”
Do filme ‘Meia Noite em Paris’ de Woody Allen
Pode ser em Paris, pode ser aqui, não importa onde estamos, o nosso amor sempre terá a mesma dimensão.
Val Francis.
“Um amor verdadeiro e real cria uma trégua da morte.”
Do filme ‘Meia Noite em Paris’, de Woody Allen
Cidade com qualidade de vida que transparece no sistema de transporte, com estímulo para os coletivos, especialmente o metrô, e as bicicletas, na coleta do lixo, na limpeza das ruas, na qualidade de ensino, na educação.
Impossível não se derreter com a paisagem e querer fazer (e compartilhar) mais uma foto.
Paris é cara, é importante saber disso. Para driblar esta realidade e aproveitar Paris usamos algumas estratégias: escolhemos um apartamento AIRBNB que ficou na faixa estabelecida (EU 50,00 por dia). Usamos metrô e caminhamos muito a pé. E fizemos boa parte das refeições em casa. Nossa preferência era passar nas padarias e mercados e comprar baghettes, queijos e um vinho. Voilà!
Descobrimos que quase todos os prédios tem a mesma cor em Paris, indo do bege claro ao escuro, com um toque de branco. Disseram-nos que tinha relação com a cor da pedra, abundante na França. Não tenho certeza se procede, de qualquer forma, é uma linda e confortável monocromia.
Que tal comprar este apartamento em Montmartre? Prepare-se para pagar um valor bem alto!
Com o apoio do Rômulo, pude realizar um sonho, conhecer o Café des Deux Moulins , na Rue Lepic, 15, o famoso endereço do filme ‘O Fabulo Destino de Amelie Poulian”, de Jean Pierre-Jeunet. Os cinéfilos, apaixonados por este filme como eu, vão entender a emoção de estar aqui, ver o mesmo balcão, o banheiro do filme (que tem um nicho prestando uma homenagem) e as imagens da artista Audrey Tautou.
São tempos difíceis para os sonhadores …
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
Então, minha querida Amélie, não tem ossos de vidro. Pode suportar os baques da vida. Se deixar passar essa chance, com o tempo seu coração ficará tão seco e quebradiço quanto meu esqueleto. Então, vá em frente, pelo amor de Deus.
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
Sem você as emoções de hoje seriam apenas uma pele morta das emoções do passado.
Quando o dedo aponta para o céu, o idiota olha para o dedo!
Paris é vinho, queijo, baguette, flores, amor e é estar sob paixão.
O Museu D’Orsay estava fechado nesta segunda-feira. Sim, sabemos que boa parte dos museus do mundo fecham neste dia, mas imaginamos que em Paris, o destino mais visitado por turistas da Terra, estaria aberto. Dizem que é lindo, com um foco em esculturas. Bem, fica para a próxima. Ah, o Louvre abre às segundas-feiras.
Até um dia, Paris! Je t’aime!
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DETALHES:
Como é bom ver tantas pessoas lendo. Comum nos metrôs de Paris. Só uma foto para comprovar.
CONHEÇA NOSSA HISTÓRIA:
No início de 2017 nos permitimos vivenciar uma experiência por 4 países da Europa. Veja post aqui e conheça nossa história.
Em janeiro passamos 16 dias aproveitando o Norte da Itália. Iniciamos por Milão, passando por Verona, Valpolicella, Conegliano, Padova, Bolonha, Ferrara, Siena e outras várias cidades da Toscana, Gênova, Bra e outras cidades do Piemonte, finalizando em Milão, novamente. Daqui partimos para a França, depois Espanha e Portugal, totalizando 54 dias de viagem.
IMPORTANTE:
A opinião aqui expressa é a nossa verdade! A autoria das fotos é de Ivane Fávero, com exceção das fotos com autoria mencionada.
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Esperamos que tenham gostado desta postagem, que teve sua elaboração feita com muito carinho e atenção. Queremos compartilhar nossas experiências com o objetivo de ajudar aos nossos leitores a terem experiências e vivências memoráveis em suas viagens, como nós estamos tendo.
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“Dias tornaram-se semanas, semanas tornaram-se meses, e então em um dia nada especial, eu fui até minha máquina de escrever, me sentei e escrevi nossa história. Uma história sobre uma época, uma história sobre um lugar, uma história sobre as pessoas. Mas acima de todas as coisas uma história sobre amor. Um amor que viverá para sempre.”
Moulin Rouge